Economia

Wall Street fecha em alta com otimismo dos investidores sobre guerra comercial

A bolsa nova-iorquina fechou hoje em alta, com os investidores a verem alguns sinais de otimismo nos novos ataques alfandegários entre Washington e Pequim.

Os resultados definitivos da sessão indicam que o seletivo Dow Jones Industrial Average valorizou 0,71 por cento, para os 26.246,96 pontos.

O tecnológico Nasdaq ganhou 0,76 por cento, para as 7.956,11 unidades, e o alargado S&P500 avançou 0,54 por cento, para as 2.904,31.

Com algumas horas de intervalo, os EUA impuseram uma taxa de 10 por cento sobre 200 mil milhões de dólares de importações provenientes da China, com esta a retaliar impondo direitos alfandegários sobre importações norte-americanas, no montante de 60 mil milhões de dólares.

A sanção aplicada pelos EUA surpreendeu positivamente os investidores, porque “estes esperavam sanções mais duras”, observou Adam Sarhan, da 50 Park Investments.

Inicialmente, o governo norte-americano tinha mencionado uma taxa de 25 por cento.

“É sinal de que Trump tem consciência da pressão que pesa sobre ele. Quanto mais aumentar as taxas alfandegárias antes das compras de Natal, mais arrisca tornar-se impopular”, sublinhou Karl Haeling, da LBBW.

O efeito da guerra comercial entre EUA e China foi, entretanto, relativizado por alguns analistas. “O custo destas medidas protecionistas não está concentrado entre estes países”, realçou o banco Barclays, em nota analítica distribuída hoje.

“Enquanto estes dois países vão sem dúvida trocar menos produtos, vão ter de comerciar mais com outros e, também, desenvolver o seu mercado interno”, detalha a nota.

O banco, que antecipou a aplicação pelos EUA de tarifas de 20 por cento sobre as importações oriundas da China, estimou que o custo do protecionismo na riqueza dos EUA vai ser “relativamente modesto”.

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