Wall Street fecha com recordes dos seus três indices emblemáticos

A bolsa nova-iorquina encerrou hoje com novos recordes dos seus índices mais emblemáticos, com os investidores entusiasmados pelo entendimento a que chegaram EUA e China no dossiê comercial.

Os resultados definitivos da sessão indicam que o seletivo Dow Jones Industrial Average ganhou 0,36 por cento, para os 28.235,89 pontos, o Nasdaq valorizou 0,91 por cento, para as 8.814,23 unidades, e o S&P500 avançou 0,71 por cento, para as 3.191,45.

Os detalhes do compromisso negociado por Washington e Pequim, anunciado na sexta-feira, mostram que, “pelo menos, os piores cenários concebidos pelos investidores foram afastados”, realçou Christopher Low, economista na FHN Financial.

“Washington continua a impor tarifas alfandegárias elevadas sobre bens chineses, não há qualquer calendário sobre o compromisso dos chineses com o aumento de compras de produtos agrícolas (dos EUA) e outros aspetos do texto, como a proteção da propriedade intelectual, continuam duvidosos”, especificou o analista.

Mas “o mercado continua a subir porque a pior situação, a de uma queda ainda mais importante das trocas entre os EUA e a China, parece posta de lado”, considerou.

O facto de chineses e norte-americanos terem chegado a um compromisso, quando um novo acordo comercial acaba de ser estabelecido entre EUA, Canadá e México, “dá um estímulo bem-vindo à confiança dos empresários”, estimou, por seu lado, Nicholas Colas, da DataTrek Research.

“Quando estes estão em vias de terminar os seus orçamentos para 2020, os empresários devem (enfim) começar a projetar investimentos suplementares”, acrescentou.

“Isso deve bastar para manter a esperança de um crescimento económico e de lucros para as empresas em 2020 e limitar os receios que as alterações inesperadas dos acordos comerciais faça cair o mundo em recessão”, adiantou Colas.

E depois da vitória dos conservadores nas eleições britânicas, que abre a via para um Brexit, “o mundo está um pouco menos desordenado do que há uma semana”, salientou, prevendo a continuação da escala dos índices bolsistas para níveis inéditos.