Economia

Wall Street fecha com melhor desempenho desde março

A bolsa nova-iorquina registou hoje o seu melhor desempenho desde março, devido aos resultados sólidos de grandes nomes da finança e da saúde, bem como à forte progressão do setor da tecnologia.

Os resultados definitivos da sessão indicam que o seletivo Dow Jones Industrial Average ganhou 2,17 por cento, para os 25.798,42 pontos.

Mas foi o tecnológico Nasdaq a apresentar a maior subida, com 2,89 por cento, para as 7.645,49 unidades.

O alargado S&P500, por seu turno, valorizou 2,15 por cento, para os 2.809,92 pontos.

Depois das más sessões anteriores, os índices regressam em alta, “muito devido aos resultados das empresas”, estimou Lindsey Bell, da CFRA.

As contas trimestrais dos bancos de investimento Morgan Stanley, que terminou a ganhar 5,68 por cento, e Goldman Sachs, que avançou 3,01 por cento, satisfizeram em particular os investidores.

O mesmo se passou com empresas do setor da saúde, como a seguradora UnitedHealth, que ganhou 4,73 por cento, e a distribuidora de produtos de higiene e beleza Johnson & Johnson, que valorizou 1,95 por cento, que “superaram as expectativas e melhoraram as suas previsões graças a um ambiente sólido para as suas operações”, avançou Lindsey Bell.

“Devemos ter, como desde o início do ano, uma bela época de resultados”, previu Craig Callahan, gestor de investimento na Icon Advisers.

Segundo o gabinete FactSet, o lucro por ação das empresas integrantes do S&P500 deve crescer 19,1 por cento em média no terceiro trimestre.

Os índices estão a evoluir, na análise de Callahan, cinco por cento abaixo do valor real das ações, argumentando que “o mercado, em alta desde há nove anos e meio, ainda tem margem” de subida, observou.

Os desempenhos sólidos de alguns grandes nomes da praça que já revelaram as suas contas estão, de momento, a relegar para segundo plano as inquietações ligadas às recentes subidas das taxas de juro.

Com efeito, os investidores acolheram friamente a repentina subida das taxas de juro dos empréstimos no mercado obrigacionista, ao verem aí um possível travão às despesas dos consumidores e no imobiliário, por parte dos particulares, e às despesas de investimento, por parte das empresas.

Hoje, o mercado obrigacionista evoluiu perto do equilíbrio, com o rendimento das obrigações do Tesouro a dez anos a ser 3,160 por cento, contra 3,156 por cento no encerramento na segunda-feira, e o relativo aos empréstimos a 30 anos a ser 3,331 por cento, contra 3,336 por cento na véspera.

Os índices de Wall Street foram também ajudados pela recuperação do vigor dos valores tecnológicos, que tinham sido particularmente afetados pela recente turbulência nos mercados financeiros.

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