Economia

Wall Street fecha claramente em alta puxada pela Apple

A bolsa nova-iorquina encerrou hoje claramente em alta, graças à valorização da ação Apple para um nível recorde e de um certo apaziguamento com a inflação, depois de um relatório mitigado sobre o emprego nos EUA.

Os resultados definitivos da sessão indicam que o Dow Jones Industrial Average apreciou-se 1,39 por cento, para os 24.262,51 pontos.

A valorização mais forte entre os índices mais emblemáticos foi precisamente a do tecnológico Nasdaq, que subiu 1,71 por cento, para as 7.209,62 unidades.

O S&P500, por seu lado, avançou 1,28 por cento, para os 2.663,42 pontos.

No conjunto da semana, o Dow Jones recuou 0,20 por cento e S&P500 perdeu 0,24 por cento, ao passo que o Nasdaq valorizou 1,26 por cento.

O título da Apple, a empresa que mais pesa em Wall Street, puxou hoje a praça financeira para terreno positivo, ao fechar com um ganho de 3,92 por cento.

Poucos dias depois de apresentar resultados trimestrais melhores do que previsto, a sociedade informática aproveito a marca de confiança associada ao investidor respeitado nos mercados financeiros Warren Buffett, que anunciou ter aumentado a sua posição no capital da empresa dirigida por Tim Cook, através da sua holding Berkshire Hathaway.

O conjunto do setor tecnológico também beneficiou desta notícia, com o subíndice que agrupa estes títulos no S&P500 a valorizar 1,97 por cento.

A Qualcomm e a Nvidia, que fornecem a Apple em semicondutores, avançaram respetivamente 4,33 por cento e 2,61 por cento.

Ao fim de algumas hesitações, os investidores acabaram por reagir de forma positiva ao relatório mitigado sobre o emprego nos EUA, que tinha sido divulgado pouco antes da abertura.

Apesar de a taxa de desemprego ter caído em abril para 3,9 por cento, no que é o nível mais baixo desde dezembro de 2000, a criação líquida de emprego (164 mil postos de trabalho) revelou-se um pouco inferior ao previsto e os salários aumentaram pouco.

Mas, no seu conjunto, os números “representam uma boa notícia para os investidores”, considerou Matt Miskin, da sociedade John Hancock.

“Ainda não se está a ver a subida de salários típica de um fim de ciclo económico”, explicou.

O número de criação de emprego continua “decente” e as pressões inflacionistas limitadas, acrescentou.

“Nada sugere que a Fed (diminutivo da Reserva Federal, o banco central dos EUA) venha a ser mais agressiva no endurecimento da sua política monetária ou a suspender a sua normalização”, disse ainda, referindo-se aos cenários de subida das taxas de juro.

Esta posição satisfaz os investidores de Wall Street que, desde há vários anos, beneficiam do baixo nível das taxas de juro.

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