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Wall Street fecha em alta mas já se notam efeitos negativos da guerra comercial

A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em alta, recuperando ligeiramente das perdas de segunda-feira, graças ao desempenho da General Electric e do setor da energia, apesar de as primeiras consequências negativas da guerra comercial começarem a enervar os investidores.

Os resultados definitivos da sessão indicam que o Dow Jones Industrial Average progrediu 0,12 por cento, para os 24.283,11 pontos.

O Nasdaq avançou 0,39 por cento, para as 7.561,63 unidades, e o S&P500 ganhou 0,22 por cento, para as 2.723,06.

O desempenho da bolsa nova-iorquina refletiu os ganhos das ações da energia, no seguimento da valorização dos preços do barril de petróleo. Por exemplo a Chevron e a ExxonMobil avançaram, respetivamente, 1,26 por cento e 1,13 por cento.

A sessão foi também animada pela acentuada valorização da General Electric, que ganhou 7,92 por cento.

No próprio dia em que foi excluído do seletivo Dow Jones, este antigo símbolo da indústria norte-americana, concluiu o vasto plano de reestruturação, iniciado no final de 2017, ao externalizar a sua divisão de saúde e sair do capital da Baker Hugues.

O grupo espera assim recuperar o seu elã, concentrando-se na indústria, em particular aeronáutica, elétrica e energias renováveis.

Mas, apesar de aqueles índices terem caído fortemente na segunda-feira, com o Nasdaq, por exemplo, a perder mais de 2 por cento, “a recuperação foi tímida”, sublinhou Karl Haeling, do banco LBBW.

Por outro lado, este analista destacou que se “começam a ver as repercussões reais de todas as tensões comerciais”, exemplificando com o fabricante norte-americano de motos Harley-Davidson, que anunciou a deslocalização de parte da sua produção para evitar as taxas alfandegárias instauradas por Bruxelas, como represálias às impostas por Washington, e o fabricante de pregos Mid-Continent Nail, que já realizou despedimentos devido às taxas alfandegárias sobre as importações de aço.

A Moody’s Analytics calculou que 170 mil empregos podem ser suprimidos em resultados das sanções já impostas, número que pode subir para 550 mil se todas as ameaças de represálias se concretizarem.

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