Economia

Wall Street encerra em baixa ligeira com o panorama dominado pelas taxas de juro

A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em baixa ligeira, depois de uma sessão muito hesitante, com os investidores a oscilarem entre os temores associados à subida das taxas de juro e resultados de empresas sem direção definida.

Os resultados definitivos da sessão indicam que o seletivo Dow Jones Industrial Average cedeu 0,36 por cento, para os 25.706,68 pontos.

Ainda menores, quase mínimas, foram as perdas do Nasdaq, que recuou 0,04 por cento, para as 7.642,70 unidades, e do alargado S&P500, que desvalorizou 0,03 por cento, para as 2.809,21.

A praça nova-iorquina abriu assim mão de uma pequena parte dos ganhos conseguidos na véspera, dia em que os índices registaram a sua subida mais alta desde março.

Hoje, os investidores demonstraram uma grande hesitação, fazendo por várias vezes subir os três principais índices de Wall Street até terreno positivo, antes de acabarem por os fazer cair.

“O mercado das ações está em vias de se ajustar à mudança de política monetária”, estimou Brian Battle, analista de mercado na Performance Trust.

O banco central dos Estados Unidos da América, Reserva Federal (Fed), na ata da última reunião do seu comité de política monetária, divulgada durante a sessão, confirmou que continuava a prever subidas graduais da sua taxa de juro de referência, dada a solidez do crescimento da economia norte-americana.

No mercado obrigacionista, as taxas aliviaram claramente depois da divulgação do documento, com a relativa à dívida pública dos EUA a dez anos a seguir, às 21:20 de Lisboa, nos 3,191 por cento, depois dos 3,163 por cento de terça-feira à noite, e a dos 30 anos a seguir nos 3,368 por cento, acima dos 3,334 por cento da véspera.

A Fed lembrou que “a época das taxas de juro baixas acabou”, comentou Battle.

E as subidas das taxas da Fed, à medida que forem sendo decididas, “vão ser desestabilizadoras” e desencadear movimentos acentuados dos índices, num sentido ou noutro, previu.

Neste contexto, “a época dos resultados das empresas passa para segundo plano, em relação à subida das taxas”, opinou Battle.

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