Economia

Wall Street encerra em alta ligeira a menosprezar fiasco do G-7

A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em alta ligeira, com os investidores a minimizarem o fiasco da cimeira do G-7 para se concentrarem na quantidade de acontecimentos políticos e monetários, a começar pela reunião entre Trump e Kim.

Os resultados definitivos da sessão indicam que o Dow Jones Industrial Average ganhou 0,02 por cento, para os 25.322,31 pontos, o Nasdaq subiu 0,19 por cento, para as 7.659,93 unidades, e o S&P500 valorizou 0,11 por cento, para os 2.782,00.

“Os investidores continuam a ser animados pelos bons números sobre o emprego em maio e o crescimento no segundo trimestre, de bom augúrio para a próxima época de resultados de empresas”, avançou William Lynch, da Hinsdale Association.

Perante os bons indicadores, os investidores parecem minimizar os eventuais fatores perturbadores.

“Os investidores estão a reagir pouco a todos os elementos potencialmente negativos, como as tensões comerciais, a subida das taxas de juro ou as eleições italianas, mas isto não dura muito, em geral porque a economia está a portar-se bem”, sublinhou Art Hogan, da Wunderlich Securities.

Entre aqueles elementos, está o confronto dos EUA com importantes aliados durante a reunião dos líderes das sete economias mais industrializadas, o designado Grupo dos 7 (G-7), no Canadá, no passado fim de semana.

Com efeito, Donald Trump retirou o seu apoio ao comunicado final apenas algumas horas depois de o ter aprovado.

Os investidores em Wall Street “parecem considerar que, tirando uma escalada para uma guerra comercial generalizada, os EUA podem acabar por ganhar com todas as discussões em curso”, comentou Hogan.

Para este analista, os investidores habituaram-se, ao longo dos meses, às bruscas alterações nas relações entre Washington e os seus principais parceiros comerciais, “consideradas agora como uma técnica negocial”.

Pelo contrário, os investidores estão a preparar-se para uma serie de acontecimentos e relatórios suscetíveis de animar os mercados, desde logo a cimeira entre Donald Trump e Kim Jong-un na terça-feira.

“As expectativas (para este encontro) são moderadas”, realçou Lynch, que acentuou que foi o próprio Trump a atenuá-las. “Se não for alcançado qualquer acordo, isso reconduz-nos à situação que conhecemos desde há vários anos”.

Vão ser também alvo de atenção, durante a próxima semana, as reuniões dos bancos centrais norte-americano e europeu, bem como o dilúvio de indicadores, como os índices dos preços no consumidor na produção e das vendas do comércio retalhista.

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