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Wall Street encerra em alta graças a bons resultados e alívio nas taxas de juro

A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em alta nítida, graças a fortes valorizações das ações da Facebook, Chipotle e AMD, no seguimento da divulgação dos respetivos resultados trimestrais e de um alívio na frente das taxas de juro.

Os resultados definitivos da sessão indicam que o Dow Jones Industrial Average valorizou 0,99 por cento, para os 24.322,34 pontos.

Os maiores ganhos foram apresentados pelo tecnológico Nasdaq, que avançou 1,64 por cento, para as 7.118,68 unidades.

O alargado S&P500 também fechou com uma progressão superior a um por cento (1,04 por cento), ao encerrar nos 2.666,94 pontos.

“Os investidores decidiram passar às compras, com a taxa da dívida pública a 10 anos a recuar e várias empresas a divulgarem resultados muito robustos”, indicou Quincy Krosby, da Prudential.

A Facebook valorizou 9,06 por cento, na que foi a sua melhor sessão desde janeiro de 2016, no dia seguinte a ter anunciado um forte crescimento dos seus lucros e da sua faturação no primeiro trimestre do ano.

Reencontrou assim o seu nível de meados de março, quando caiu fortemente em consequência da divulgação do escândalo de utilização indevida dos dados privados de milhões de utilizadores desta rede social pela empresa britânica Cambrigde Analytica.

A subida de hoje “demonstra que os investidores não estão muito inquietos com a problemática da vida privada, que emergiu durante a recente audição de Mark Zuckerberg (presidente da empresa) no Congresso” dos EUA, considerou Ken Berman, de Gorilla Trades.

A cadeia de restauração rápida Chipotle avançou 24,44 por cento, no que foi o seu melhor desempenho diário nos últimos 11 anos, depois de ter anunciado o alargamento dos seus horários de abertura, a revisão da sua carta e anunciado o lançamento de um serviço de venda por viatura.

O produtor de ‘chips’ Advanced Micro Devices (AMD), por seu lado, ganhou 13,18 por cento, depois de ter divulgado os seus resultados.

Ao mesmo tempo, os índices beneficiaram de uma redução da tensão da frente das taxas de juro relativas à dívida norte-americana de longo prazo, designadamente a dos 10 anos, que tornou a ficar abaixo dos 3 por cento, depois de, na terça-feira, ter superado este limiar pela primeira vez em quatro anos.

Cerca da 21.15 de Lisboa, evoluía nos 2,982 por cento, depois dos 3,026 por cento registados no fecho de quarta-feira.

Este valor, que influencia o custo dos empréstimos de empresas, famílias e autarquias, trouxe “algum alívio” aos investidores, segundo Patrick O’Hare, da Briefing, o que os encorajou “a regressar ao mercado das ações e a fazerem compras a bom preço, graças designadamente ao otimismo associado aos resultados das empresas”.

Da mesma forma, também os juros pagos pelas obrigações do Tesouro norte-americano a 30 anos estava a recuar, ao situar-se nos 3,164 por cento, depois dos 3,207 por cento da véspera.

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