W Series gera diferentes reações por parte das pilotos
A ideia de uma fórmula inteiramente feminina adivinhava-se passível de críticas e isso confirmou-se, ainda que a maioria das pilotos apoie a iniciativa.
Estas W Series pretende dar mais oportunidades às mulheres num desporto dominado pela vertente masculina, mas a verdade é que o conceito está longe de ser consensual.
A britânica e ex-piloto da IndyCar Series Pippa Mann foi desde logo a maior crítica da iniciativa, e na rede twitter classificou o anúncio da competição como “um dia triste para o automobilismo”, referindo ainda: “Aqueles que a criaram para ajudar as mulheres competidoras optaram por segregá-las em vez de as apoiar. Estou profundamente dececionada por ver um retrocesso histórico ter lugar no meu tempo de vida”.
Também Sophia Florsch, que atualmente compete no Campeonato Europeu de F3, se mostrou contrária à W Series: “Concordo com os argumentos mas discordo totalmente com a solução. As mulheres precisam de apoio a longo prazo e parceiros de confiança. Quero competir com os melhores deste desporto. Por favor comparem isto com a economia. Precisamos de administrações femininas separadas das outras? Não. Este é o caminho errado”.
Mas há quem seja favorável à iniciativa, como a jovem britânica Jamie Chadwick, campeã GT4 no seu país e atualmente a competir na F3 britânica: “A W Series dá às pilotos outra plataforma para correr. Sou um piloto de corridas, e se puder vou correr os 365 dias do ano. Continuo a correr contra homens noutros campeonatos, mas a W Series é o perfeito complemento para me ajudar a evoluir e progredir nos escalões juniores. Estou entusiasmada com a nova competição”.
Também Stephanie Cox, piloto no campeonato GT4 europeu, é favorável à nova competição feminina: “A W Series soa como uma adição positiva na cena do automobilismo internacional e é claramente uma grande ajuda para as pilotos ambiciosas que correm em todo o lado. Depois de falar com a organização da W Series é claro que eles percebem o que as mulheres piloto aspiram nas corridas. Falando por mim, quero ser um piloto ao mais alto nível possível e poder correr contra os melhores pilotos, homens e mulheres. Para poder fazê-lo é também importante ganhar o tipo de experiência que a W Series permite”.
