W Series é nova Fórmula para mulheres

Chama-se W Series e é uma competição destinada a mulheres que se iniciará no próximo ano. Na intenção dos mentores da ideia está dar mais oportunidades a pilotos do sexo feminino num desporto dominado por homens.

Nomes como Danica Patrick, Susie Stoddart, Pippa Mann, Tatiana Calderon ou Jamie Chadwick são uma ‘pedrada’ no charco no automobilismo, mas a nova competição, inteiramente feminina quer dar outra visibilidade às mulheres.

O calendário contempla a Europa numa primeira fase, antes de poder ser replicada na América e na Ásia, e estará aberta a 18 ou 20 pilotos, selecionadas num processo de ensaios na pista, em simulador e em testes de engenharia.

As eleitas serão de seguida apoiadas e treinadas por um painel de personalidades do automobilismo, como David Coulthard, Adrian Newey (consultor da Red Bull Racing), Dave Ryan (McLaren GT e Manor).

“Para ser um bom piloto de corridas é preciso ser hábil, determinado, competitivo, corajoso e em forma física. Mas não é necessário possuir uma força específica que requerem outros desportos. Também não é preciso ser-se homem. É por isso que com a W Series acreditamos firmemente que os pilotos femininos e masculinos podem concorrer em pé de igualdade, igualdade de condições, com as mesmas oportunidades”, defende Coulthard.

Contudo a realidade tem revelado que as piloto femininas têm tido menos oportunidade, para além de serem em menor número. A GP3 e a Fórmla 3 é importante com aprendizagem, mas falta mais apoio financeiro do que talento para que a sua presença seja mais expressiva.

David Coulthard considera que a W Series irá criar outras condições, “em corridas de monolugares inteiramente femininas, de modo a criar um ambiente construtivo, no qual as pilotos possam estar em condições de dotar-se das competências para eventualmente passar a outra coisa e rivalizar com os melhores pilotos masculinos”.

A nova fórmula feminina irá utilizar chassis Tatuus T-318, animados por motores 1.8 litros turbo da Autotecnica Motori, acoplados a uma caixa de seis velocidades Sedev, bem como o halo protetor do cockpit, como deseja a FIA. Cerca de 1,3 milhões de euros serão distribuídos em prémios durante a temporada. A vencedora receberá mais de 430 mil euros.

No entanto nem toda a gente está de acordo com a criação da W Series, com a antiga piloto de IndyCar Pippa Mann a denunciar a iniciativa como “segregação” das mulheres no automobilismo.