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Voos Cabo Verde/Angola devem ter três frequências semanais para serem atrativos

O presidente das Linhas Aéreas de Angola (TAAG), Rui Carreira, afirmou hoje que as ligações aéreas entre Angola e Cabo Verde deverão ter pelo menos três frequências semanais para serem atrativas.

Rui Carreira falava na cidade da Praia, durante uma conferência de imprensa do ministro dos Transportes de Angola, Ricardo Viegas D’Abreu, e do ministro do Turismo e Transportes e Ministro da Economia Marítima cabo-verdiano, José da Silva Gonçalves, sobre a visita oficial que o governante angolano está a realizar a Cabo Verde.

Os dois países acordaram em restabelecer as ligações aéreas entre Angola e Cabo Verde, mas numa perspetiva mais alargada, de modo a estes voos poderem ser utilizados por passageiros que têm outros destinos além destes países.

Questionado sobre o início destas ligações, o presidente das TAAG comentou que a data que se apresenta como mais provável será “a partir do primeiro trimestre do próximo ano”.

Sobre o número de frequências, Rui Carreira recorreu aos dados do mercado: “O mercado diz que, do ponto de vista comercial, menos de três frequências semanais não é atrativo para o passageiro. Mais de três frequências semanais é muito bom para o passageiro e a companhia aérea”.

O preço do bilhete será outro aspeto “importante”, na perspetiva das TAAG.

Rui Carreira disse ainda não ter a menor dúvida que a isenção de vistos, existente entre os dois países, irá facilitar estas viagens.

“A isenção de vistos aproxima os povos, transforma os povos irmãos geograficamente distantes em irmãos cada vez mais próximos e esta é a grande vantagem e a magia do transporte aéreo: aproximar povos geograficamente distantes num curto espaço de tempo”, sublinhou.

Por seu lado, o administrador da Cabo Verde Airlines (CVA), José Luís Sá Nogueira, esclareceu que “cada companhia vai ter o seu voo, mas numa ótica de cooperação”.

“Queremos trazer passageiros de Luanda para Cabo Verde que queiram ficar em Cabo Verde para fazer negócios ou turismo”, referiu.

O ministro do Turismo e Transportes e ministro da Economia Marítima cabo-verdiano, José da Silva Gonçalves, afirmou que “a criação de um ‘hub’ [plataforma] aéreo só é possível graças a grandes investimentos e empenho durante décadas”.

Sobre o memorando hoje assinado entre os dois países, o ministro afirmou que o mesmo testemunha o “firme compromisso na base de cooperação e interesses recíprocos”.

Os ministros cabo-verdiano e angolano assinaram um memorando de entendimento que “preconiza as áreas específicas e as formas de cooperação em prol do desenvolvimento de programas, projetos e ações concretos nos domínios dos transportes aéreos e marítimos”.

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