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“Vivi sete anos de humilhação”, diz Abel Pinheiro, absolvido no caso Portucale

justicaAdvogado de Abel Pinheiro aplaudiu a decisão do coletivo de juízes, que absolveu os 11 arguidos do caso Portucale, que associava o abate de sobreiros a crimes de tráfico de influências. Também Abel Pinheiro disse que “foi feita justiça” e fala em “sete anos de humilhação”.

“O meu cliente não teve benefícios no negócio”, afirmou José António Barreiros, advogado de Abel Pinheiro, um dos 11 arguidos hoje absolvidos nas Varas Criminais de Lisboa.

O causídico referiu que o tribunal “provou” que Abel Pinheiro “não retirou qualquer benefício” dos negócios que envolvem os projetos imobiliários, no âmbito do caso Portucale. “Não obteve ganhos, nem procurou tê-los”, acrescentou.

Também Abel Pinheiro, em declarações aos jornalistas, adiantou que todas as decisões tomadas foram-no “no exercício de funções políticas” para as quais tinha “legitimidade”, e não como membro do CDS-PP, ou com o objetivo de retirar proveitos pessoais. Chegam ao fim “sete anos de humilhação”.

O caso Portucale estava relacionado com a entrada de um milhão de euros na conta bancária do CDS, mas o coletivo não encontrou provas que sustentassem um eventual suborno, em trocas de favores políticos, para a construção de um empreendimento imobiliário em Benavente.

Os trabalhos de construção do empreendimento provocaram o abate de sobreiros, em Benavente, durante o Governo de coligação PSD e CDS. Os 11 arguidos – entre os quais Abel Pinheiro, ex-dirigente do CDS-PP – foram ilibados pelo coletivo de juízes, dos crimes de tráfico de influências e falsificação de documentos.

O Ministério Público considerava estar provada a falsificação de documentos, mas não encontrou sustentação para o tráfico de influências. Mas o coletivo de juízes considerou que não existe prova de nenhum dos crimes.

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