Ciência

Viver em Marte, mas na Terra: Seis voluntários passaram um ano em simulação

Uma simulação da NASA colocou seis astronautas a viverem em Marte, ao longo de um ano. Só que o ‘planeta vermelho’ era, na verdade, um vulcão no Havai, o Mauna Loa.

O programa, intitulado HI-SEAS IV (Hawaii Space Exploration Analog and Simulation), teve por finalidade recolher dados sobre uma missão de longa duração em isolamento, como serão as futuras missões em Marte, que poderão ter uma duração mínima de três anos.

Assim, isolados num vulcão na Terra, os seis voluntários da NASA passaram um ano a realizar diversas operações que os astronautas poderão ter de experienciar nas missões em Marte, como a resposta a situações de emergência.

Os aspectos psicológicos foram os que mereceram uma maior atenção nesta simulação da agência espacial norte-americana, uma vez que os astronautas que irão ao ‘planeta vermelho’ terão de coabitar num pequeno habitat.

Para que esses comportamentos fossem observados, os seis voluntários (um piloto, uma médica, uma jornalista e um arquiteto norte-americanos, um exobiólogo francês e uma física alemã) estiveram entre os dias 28 de agosto de 2015 e de 2016 confinados a um habitat de 11 metros de diâmetro por seis de altura, edificado na encosta norte do vulcão havaiano.

Antes que tente imaginar o que é passar 365 com mais cinco pessoas em (quase) completo isolamento saiba que os russos já fizeram uma experiência mais longa: durou 520 dias.

Como a água é muito rara em Marte (e os solos muito secos), a alimentação será um dos maiores obstáculos às missões tripuladas: não foi por acaso que, ao longo do ano, os voluntários praticamente só comeram atum em lata e queijo em pó.

Só a partir de 2030 é que a NASA deve estar em condições de enviar uma missão tripulada a Marte.

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