Tamara Fields, viúva de Lloyd Fields Jr, um homem morto num ataque terrorista do Estado Islâmico, processou o Twitter, alegando que a rede social é uma plataforma que provoca o “crescimento explosivo” do grupo terrorista. Os responsáveis do microblog já reagiram.

Lloyd Fields Jr., ex-militar norte-americano, foi morto num ataque do Daesh na Jordânia. Viúva culpa Twitter.

É um processo pouco comum. Uma mulher que ficou viúva, depois de um ataque do autoproclamado Estado Islâmico, avançou com uma queixa em tribunal contra o Twitter.

Tamara Fields considera que o microblog é uma plataforma responsável pela força crescente do grupo terrorista, em todo o mundo.

“Sem o Twitter, não teria sido possível o crescimento explosivo do Estado Islâmico, nos últimos anos”, alega a viúva, considerando que a rede social “permitiu ao Estado Islâmico transformar-se no grupo terrorista mais temido no mundo”.

Estas palavras constam do processo apresentado na passada quarta-feira, no tribunal federal de Oakland, na Califórnia.

Por outro lado, alega a viúva, o Twitter não cumpre as leis de combate ao terrorismo, que vigoram nos Estados Unidos. Aliás, esta não é a única queixa contra a rede social, neste ponto: o cumprimento da legislação antiterrorista.

O homem assassinado, residente na Florida, era militar norte-americano e fazia treino de forças policiais em países do Médio Oriente.

Para Tamara Fields, o Twitter é uma plataforma que facilita a propaganda do Estado Islâmico, grupo terrorista que tem conseguido disseminar-se.

O atentado que tirou a vida a Lloyd Fields ocorreu no dia 9 de novembro passado. Um atirador disparou a matar num ataque às instalações da polícia em Amã, capital da Jordânia.

A reação dos responsáveis do Twitter surgiu num comunicado, onde se considera que a queixa não tem qualquer sustentação. No entanto, Tamara Fields recebe uma mensagem de solidariedade do microblog, que “lamenta a perda desta família”.

Refira-se que esta rede social é uma ferramentas digitais que o Daesh utilizam para estabelecer contactos e recrutar novos terroristas.