Vitória em Reguengos de Monsaraz foi o melhor ‘ensaio’ de Sebastian Buhler para o ‘Dakar’
O triunfo de Sebastian Buhler na última prova do Campeonato Nacional de Rally Raid, em Reguengos de Monsaraz, acabou por ser o melhor ‘ensaio’ para o Rali Dakar que o piloto podia ter.
Embora o intuito de Buhler fosse o de treinar a navegação por ‘roadbook’, que vai ser essencial na sua estreia na prova ‘rainha’ do todo-o-terreno mundial, a vitória na prova alentejana acabou por ser uma consequência do andamento oposto.
O piloto mostrou porque razão venceu a 32ª edição da Baja Portalegre 500 e conquistou o Troféu X-Trophy de resistência, onde se impôs em todas as corridas, bem com as vitórias na categoria Open do Campeonato Nacional de Enduro, para além de um triunfo na jornada de Pegões do Troféu Yamaha.
Buhler mostrou em Reguengos estar preparado para abordar o ‘Dakar’, pois deu-se muito bem com a navegação, acabando por se impor diante de António Maio e Bruno Santos.
“A corrida correu muito bem. Conseguimos terminar sem quedas, que é o mais importante nesta fase. Participar nesta corrida é sempre um ótimo treino de navegação. Esta é uma competição em pista e, por isso, não é muito similar ao que vamos encontrar no Dakar, mas foi um excelente treino”, considera o vencedor.
Sebastian Buhler destaca a especificidade da prova alentejana: “Aqui o ritmo é sempre mais baixo que em outras provas, embora tenham existido algumas zonas iguais às que encontrámos na Baja de Reguengos, nas quais foi possível acelerar. O percurso era muito interessante. A organização está de parabéns”.
Agora para o Rali Dakar o objetivo é terminar: “Vou fazer um dia de cada vez e tentar dar o meu melhor sem arriscar demasiado para chegar ao fim e aprender o máximo possível. Nesta prova vou tentar não falhar na navegação e ter bastante cuidado na travessia das dunas. Temos o exemplo do ano passado: as várias desistências logo na primeira semana fazem-nos perceber que é perigoso. Comigo vai o meu mecânico. Alugámos um espaço numa equipa espanhola que serve só para transportar o material e o mecânico de ‘bivouac’ para ‘bivouac’. Vou ter de trabalhar bastante nas notas e nas etapas-maratona, a preparar a mota”.
