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Vitória de Pedro Carvalho em Portalegre vale ‘Road to Merzouga”

O triunfo Pedro Carvalho na competição dos SSV na 33ª Baja de Portalegre 500 não valeu apenas pelo que significou na prova mais icónica do todo-o-terreno nacional. Valeu também a conquista do troféu ‘Road to Merzouga.

Juntamente com André Guerreiro o piloto do Vitória FC by SGS esteve em destaque durante todo o evento do ACP, conseguindo um êxito que também permitiu ao seu parceiro sagrar-se campeão nacional de navegadores.

Mas o prémio ‘Road to Merzouga’ – instituído pela ASO, organizadora do Dakar, na sequência da atual parceria com Campeonato Nacional de Todo-o-Terreno – é também motivo de festa pois vai permitir a Pedro Carvalho, que já anteriormente tinha disputados a prova alentejana de auto, moto e quad, pensar em outros ‘voos’.

“Desde Idanha que estamos associados ao Vitória FC. Fizemos um segundo lugar em Idanha e agora vencemos. Parece que o nome vitória traz sorte. Já tínhamos tido muitas oportunidades de ganhar, mas no todo-o-terreno não basta só conduzir e conduzir rápido, há uma série de variáveis que são importantes”, referiu o vencedor dos SSV na Baja Portalegre 500.

Pedro Carvalho diz que o ‘segredo’ do seu êxito teve também a ver com a forma como encarou a prova: “Conseguimos evoluir e a vitória acabou por acontecer. Atacámos durante toda a corrida. Arrancámos de 10º para o segundo dia de prova, e chegámos em segundo na estrada”.

“Passámos em pista oito concorrentes do Top 10 que partiram à nossa frente. Ganhámos a etapa, o que tem muito que ver com o carro que tivemos e que a SGS Car conseguiu preparar. Há muito empenho envolvido neste resultado”, salienta ainda o vencedor do ‘Road to Merzouga’.

O troféu internacional é coisa em que Pedro Carvalho não planeou: “Não somos de virar as costas a desafios, mas ainda não pensámos muito nisso. Eu já andei muito em areia e não tenho grandes problemas em andar neste tipo de piso. Vamos analisar com todo o carinho e se formos, vamos para dar o nosso melhor. A ideia é sempre ir para anhar”.

Também André Guerreiro teve motivos para festejar, embora preferisse que o seu título de campeão tivesse sido festejado a dois. “Esta vitória tem um sabor agridoce. Sem o Pedro não conseguia ser campeão nacional. O Pedro faz a maior parte do trabalho e eu ajudo”, referiu.

Positiva foi também a prestação de João Dias que desta vez participou a solo. Venceu do prólogo e foi o mais rápido na primeira centena de quilómetros do segundo dia de corrida. “Voltámos a estar nos lugares da frente”, afirmou após a prova, sublinhando que “foi uma boa corrida, mas podia ter feito melhor. Entre a ZA 1 e a ZA 2, na segunda etapa, o fantasma dos quad voltou a aparecer”.

Mas as peripécias não ficaram por aqui: “Depois de dar três ou quatro sentinelas a um quad e de andar três ou quatro quilómetros no pó, quando fui para lhe dar um toque o concorrente assustou-se e travou. Acabei por lhe subir a traseira e capotar o que me fez perder sete minutos parado à espera de ajuda. Tirou-me a vitória, mas foi um bom quarto lugar. A meu ver a prova estava mal marcada. As placas de velocidade não estavam no sítio correto. Havia indicações de zonas de perigo onde não havia perigo e outras zonas perigosas onde não tinha sinal de perigo”.

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