Economia

Vítor Gaspar avisa que adiar cortes na despesa põe em causa “sustentabilidade das finanças públicas”

Este ponto pode abrir cisões profundas na coligação, já que o CDS-PP não estará de acordo com este corte, nos moldes em que Vítor Gaspar pretende. Paulo Portas não admite mais austeridade e cortes.

Por outro lado, foi visível no último debate no Parlamento um esforço de Portas em aproximar-se do PS, chamando António José Seguro para um consenso político. Sabe-se que Seguro não subscreve austeridade adicional e é contra este corte de 4000 milhões de euros.

O secretário-geral do PS culpa Vítor Gaspar e o Governo pela necessidade desta receita – efeitos de uma política que “é errada”. Por não constarem do memorando com a troika que o PS subscreveu, os cortes previstos abrem caminho a uma rutura política, provavelmente antes de 2014.

A inflexibilidade que Vítor Gaspar deixou transparecer, após a reunião de terça-feira do Ecofin, deixa Portugal perante a necessidade de eliminar despesa e garantir consensos, o que se afigura impossível.

Páginas: 1 2

Em destaque

Subir