Nas Redes

Vítimas dos incêndios assediadas por imobiliárias

As imobiliárias começam a apertar o cerco aos proprietários dos terrenos ardidos durante o verão e a meio de outubro. As denúncias nas redes sociais ainda são tímidas, mas já há quem alerte para o assédio num momento de fragilidade das vítimas dos incêndios.

“Algumas imobiliárias já abordaram as pessoas para que vendam terrenos”, revela Nuno Santos, um produtor cultural que é da região de Tondela, uma das mais afetadas pelos incêndios de outubro.

“Um dos grupos de muitos voluntários informou parte das vítimas para que ponderem e remetam [a decisão] para mais tarde”, acrescentou.

Outro internauta, Hugo Pires, adiantou uma das “motivações” dos incêndios: “A especulação imobiliária com os terrenos ardidos, onde, em muitos deles, o PDM proíbe a construção. Mas sabemos que, entre aquilo que a lei proíbe, e aquilo que se faz, pode ir uma distância enorme, nomeadamente quando os mecanismos de controlo do cumprimento da lei são, em muitos casos, ou inexistentes ou promíscuos”.

Coincidência?

Em agosto, um outro internauta escrevia não ser “coincidência que, sempre que o mercado imobiliário melhora ligeiramente, aumente brutalmente o número de fogos postos”.

“As multas ridículas e as raras prisões fazem o crime compensar”, considerou Ricardo Moniz, defendendo “20 anos de embargo de venda sobre terrenos ardidos” para reduzir “drasticamente o número de fogos postos”.

Uma outra ‘coincidência’ ocorre ao nível energético, pois muitos dos grandes incêndios do verão e de outubro ocorreram em zonas com jazidas de lítio.

No passado dia 22, João Sousa escrevia no Facebook: “Sou só eu a ver coincidências na existência de lítio em determinados pontos de Portugal e Espanha que foram, por estes dias, brutalmente arrasados pelos incêndios?”

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