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Vírus: Aeroporto de Macau cancela centenas de voos

O Aeroporto Internacional de Macau (MIA) cancelou centenas de voos e recebeu menos 25% de passageiros entre 24 e 28 de janeiro, período do Ano Novo Lunar chinês, em comparação com igual período das celebrações em 2019.

O primeiro caso do novo coronavírus foi tornado público em Macau a 22 de janeiro, dias antes da semana de celebrações do Ano Novo Lunar, altura em que milhares de turistas visitam a capital mundial do jogo, a maioria deles provenientes da China continental.

“O Aeroporto Internacional de Macau recebeu 144.515 passageiros entre a véspera de Ano Novo Chinês de 2019 e o 4.º dia do Ano Novo (04 a 08 de fevereiro de 2019), enquanto no mesmo período de 2020, o MIA recebeu 115.676 passageiros (24 a 28 de janeiro de 2020)”, pode ler-se numa nota enviada hoje à agência Lusa.

Centenas de voos de e para Macau foram cancelados, a maioria com destino e chegada para a China continental.

Um total de 13 companhias cancelaram voos, alguns até 28 de março.

As medidas de segurança dentro do aeroporto foram reforçadas. Quando se entra no complexo existem funcionários de saúde “com batas e máscaras a avaliarem as pessoas que entram”, explicou à Lusa fonte da aviação de Macau.

É necessário ainda “preencher um formulário sobre o histórico de viagens dos últimos 14 dias” e dentro do terminal as autoridades avaliam algumas pessoas que “estão com tosse ou com ar doente”, acrescentou a mesma fonte.

“Toda a gente é obrigada a ter máscara dentro do terminal e dentro dos aviões”, frisou o responsável.

As chegadas de visitantes a Macau durante a chamada “semana dourada” do Ano Novo Lunar, entre 24 de janeiro e hoje, desceram 78% comparativamente a igual período de 2019, segundo os Serviços de Turismo.

O número de visitantes oriundos da China (149.244) caiu 83% em relação à “semana dourada” de 2019, de acordo com os mesmos dados.

Macau, que registou na semana passada o primeiro caso de infeção do novo coronavírus, tem até ao momento sete pessoas infetadas no território, todos importados.

A China elevou para 213 mortos e quase 10 mil infetados o balanço de vítimas do novo coronavírus detetado no final do ano em Wuhan, capital da província de Hubei (centro).

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou quinta-feira emergência de saúde pública internacional o surto do novo coronavírus na China.

Uma emergência de saúde pública internacional supõe a adoção de medidas de prevenção e coordenação à escala mundial.

Para a declarar, a OMS considerou três critérios: uma situação extraordinária, o risco de rápida expansão para outros países e que exija resposta internacional coordenada.

Esta é a sexta vez que a OMS declara emergência de saúde pública internacional.

Além da China e dos territórios chineses de Macau e Hong Kong, há casos confirmados do novo coronavírus em 19 outros países – na Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Taiwan, Singapura, Vietname, Nepal, Malásia, Estados Unidos, Canadá, França, Alemanha, Itália, Austrália, Finlândia, Emirados Árabes Unidos, Camboja, Filipinas e Índia.

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