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Violência doméstica: Regressam os números negros

Casos de violência doméstica provocaram a morte a 43 mulheres, em 2010. Dados da União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR) revelam um aumento, relativamente a 2009.

 Não há nenhum indicador que sirva de referência. Não é possível dizer que há cada vez menos casos de mortes por violência doméstica, ou o inverso. Os indicadores variam entre os 22 de 2007 e os 46 de 2008. Em 2010, regressaram os números mais negros da UMAR: 43 mulheres perderam a vida, devido a casos de violência doméstica.

Os registos estão a ser feitos desde 2004, ano em que a UMAR – organização não-governamental – criou um observatório e passou a quantificar casos que são relatados pela imprensa, mas que não estavam reunidos,  de forma a poderem ser analisados como um fenómeno.

E desde a criação deste observatório, em 2004, já foram assassinadas 250 mulheres, a uma média que ronda as 36 por ano. Logo, pode concluir-se que 2010 veio aumentar esta média negra, num contraste com as 29 vítimas verificadas em 2009.

Outro dado relevante é a percentagem de mulheres mortas no ano passado que haviam apresentado outras queixas de violência doméstica. Uma em cada quatro vítimas não silenciou as agressões. No entanto, as agressões repetiram-se e acabaram por ser fatais.

A secretária de Estado da Igualdade, Elza Pais, não analisa estes números, preferindo olhar para os dados dos tribunais: 42 homicídios com trânsito em julgado em 2007, 36 em 2008 e 43 em 2009. Só existem indicadores a partir deste período e não há estatísticas relativas a 2010.

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