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Violência doméstica cresce em Portugal, revela estudo do PAVD

violencia_domestica1Entre 2008 e 2010, verificou-se um aumento de casos de  violência doméstica em Portugal, na ordem dos 23 por cento, o que representa mais 5000 agressões, nestes três anos. Um estudo levado a cabo pelo Programa para Agressores de Violência Doméstica traz, no entanto, um indicador positivo: aumento do “autocontrolo dos agressores” e a consciência de que são responsáveis pelos seus atos.

Os números não mentem e a realidade não é ocultada pela entidade que levou a cabo uma pesquisa sobre violência doméstica. Em 2008, houve 20 394 casos de agressões no seio familiar, enquanto em 2010 se verificaram 25 129. Esta diferença de valores representa um aumento de 23 por cento.

Estes dados foram apresentados num seminário, que decorreu no Porto, e divulgados pela agência Lusa. O estudo, que revela um crescimento significativo da violência doméstica, deixa de fora os casos em que as vítimas são menores.

Levado a cabo pelo Programa para Agressores de Violência Doméstica (PAVD), o trabalho resulta de um programa implementado no norte do país, nos últimos três anos, mas que deverá ter âmbito nacional, em breve, dado o sucesso que atingiu.

Mais do que permitir sentir o pulso a este drama, o programa torna possível perceber as realidades que gravitam num problema social que urge combater. E fornece indicadores relevantes: apesar do aumento de casos, verificam-se sinais de melhoria no “autocontrolo dos agressores”, segundo indica à Lusa a responsável do Programa para Agressores de Violência Doméstica, Isabel Batista.

O programa tornou evidente que os agressores, em vez de atribuírem as razões dos atos praticados a fatores exteriores, relativizando a sua culpa, já começam a tomar consciência de que são responsáveis pelos próprios comportamentos.

O PAVD conta com a participação de “123 agressores”, que atravessaram as diversas fases do programa, “ao longo de 103 horas”.

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