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Violência doméstica abala o mundo do futebol americano profissional

JonathanDwyer114RayRice114 600 A história da liga profissional de futebol americano (NFL) está cheia de casos de polícia, mas nunca um começo de temporada esteve recheado de tantos episódios como a deste ano. Três situações com um denominador comum; a violência doméstica praticada por jogadores ‘running back’.

Se é verdade que cada caso é um caso, estes revestem-se de particular sensibilidade, mesmo no seio da sociedade norte-americana, pois em causa está violência contra mulheres ou contra crianças.

Obviamente que os três casos estão ainda sob investigação, mas em todos eles a suspensão dos envolvidos foi a decisão tomada, quer pelos clubes quer pela própria liga, cujo comissário, Roger Goodell, está sob ‘fogo’ da crítica.

Primeiro foi Ray Rice, detido a 23 de maio deste ano por uma altercação com a sua noiva, agora esposa, Janay Palmer. Falava-se de um vídeo em que o jogador dos Baltimore Ravens agredia a sua companheira, arrastando-a depois de a deixar sem sentidos. Imagens tornadas públicas pelo site social TMZ.

Rice foi excluído da equipa dos Ravens ao mesmo tempo que a NFL suspendeu o jogador por um período indeterminado. Algo que motivou muito debate nos Estados Unidos e protestos de organizações cívicas de apoio à vítima, mesmo se Janay veio publicamente em defesa do seu marido.

AdrianPeterson114 600Depois surgiu o caso de Adrian Peterson, dos Minnesota Vikings. Uma situação despoletada a 18 de maio deste ano, quando o jogador resolveu disciplinar de forma mais violenta o seu filho de quatro anos. Da agressão resultaram nódoas negras e lacerações nas costas e braços da criança, detetadas numa consulta médica de rotina como compatíveis com molestação a menor.

A 21 de agosto Peterson teve mesmo de comparecer diante de um juíz do condado de Montegomery, arredores de Minneápolis, mas acabou por não ser indiciado de nenhum crime. Decisão que seria revertida a 12 de setembro, com a estrela dos Vikings a ser acusada de negligência grosseira e ferimento negligente a criança. No mesmo dia o clube suspendeu o jogador.

Adrian Peterson entregou-se à polícia no dia seguinte, saindo sob uma fiança de 15 mil dólares. E depois de uma conferência de imprensa a 15 de setembro, em que explicou que apenas atuou como pai a tentar disciplinar um filho, os Minnesota Vikings reintegram-no no plantel, devendo jogar já no próximo fim-de-semana.

Esta quinta-feira ‘estourou’ o terceiro caso, desta feita envolvendo Jonathan Dwyer dos Arizona Cardinals, detido pela polícia quando treinava com a sua equipa, por acusação de agressão agravada a uma criança e a uma mulher.

JonathanDwyer114 600Os ferimentos resultantes (várias fraturas) das agressões numa casa situada na zona sudoeste de Phoenix a 21 e 22 de julho deste ano foram investigados, apesar de alegadamente Dwyer ter impedido as vítimas de utilizarem o telefone de emergência a pedir auxílio às autoridades.

 

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