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Violador de Telheiras condenado com pena máxima: “Matar não é pior do que violar”

Os crimes de violação que Henrique Sotero praticou foram determinantes na aplicação desta pena máxima, de 25 anos. Segundo refere a juíza, “não se pode achar que matar é pior do que violar”, teoria que teve repercussões na sentença proferida.

Henrique Sotero, conhecido por “violador de Telheiras”, foi ontem condenado com pena máxima, depois de ter sido provada a prática de 71 crimes, de um total de 74 pelos quais respondia.

A juíza alega que “matar não é pior do que violar” e por isso determinou uma sentença que normalmente só é aplicada aos homicidas. E mesmo nestes casos, a pena máxima nem sempre é aplicada.

Os crimes de violação que praticou em mais do que uma vítima, algumas delas menores, agravaram a pena. Roubo, sequestro, coação e ofensas corporais, além de outros crimes praticados por Sotero, contribuíram para um total de 230 anos de prisão.

O facto de o homicida ter contribuído com as autoridades levou a uma redução para 110, que em cúmulo jurídico resultam na pena máxima permitida na lei portugusa: os 25 anos que o violador terá de cumprir.

Foi condenado também ao pagamento um total de 170 mil euros de indemnizações. A defesa alegou que Henrique Sotero padecia de “psicopatia mental”, mas o coletivo de juízes considerou que o seu perfil não se encaixava neste quadro.

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