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Vinte por cento dos mortos em acidentes rodoviários fora das estatísticas

Balanços de operações rodoviárias não colocam os feridos graves na lista negra da mortalidade dos acidentes. No entanto, indica a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, cerca de 20 por cento das 937 vítimas mortais registadas nas entradas portuguesas, em 2010, só perderam a vida após internamento. E houve 34 mortos que foram considerados feridos ligeiros.

Segundo dados Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), verificou-se uma média de 18 mortos nas estradas portuguesas, em cada semana que passa. Do total de 937 vítimas mortais de 2010, há 741 que contam para as estatísticas dos balanços das operações das forças de segurança. Mas há 196 feridos graves que acabam por falecer nos hospitais.

Este número representa uma percentagem de 20 por cento do total de mortos. Acresce um facto perturbador: morreram nos hospitais, nos 30 dias após o acidente, 34 pessoas que foram consideradas feridos ligeiros.

Em cada cem feridos graves, verifica-se que há seis que perdem a vida. Nesse sentido, a ANSR acha relevante ter em consideração as estatísticas que quanticam o número de mortos não apenas no dia do acidente ou ao longo de uma operação rodoviária, mas durante os 30 dias que se seguem.

O relatório daquela autoridade faz uma menção à necessidade de “fazer um ajustamento” às políticas de segurança rodoviária, uma vez que existe esta percentagem tão elevada de mortos não contabilizados nas operações.

O atropelamento a idosos constitui o acidente que mais contribui para acidentes que começam com um ferido ligeiro ou grave e terminam da pior forma.

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