Nas Notícias

Vieira da Silva quer lançar “novo ciclo de políticas” contra desigualdades

O ministro do Trabalho defendeu hoje que Portugal vive uma “renovação da esperança e da confiança” com a evolução económica e do emprego e que agora há que lançar “um novo ciclo de políticas” contra as desigualdades.

“Precisamos agora, talvez com outro tempo, com mais profundidade, de lançar as bases de um novo ciclo de políticas que potencie estes ganhos e o capital de confiança que construímos, procurando dar resposta a novos e velhos desafios, de grande dimensão”, afirmou.

O ministro do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social falava numa sessão comemorativa do 40.º aniversário da União Geral dos Trabalhadores (UGT), na sede desta central sindical, em Lisboa, na qual também esteve o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Segundo José António Vieira da Silva, os desafios a que há que dar resposta são “os níveis persistentes de desigualdades salariais, geracionais, de género, territoriais, de qualificações”, assim como “o défice das qualificações, em particular nos adultos e nos jovens adultos”.

Há também que responder aos “desafios na regulação do mercado de trabalho, com a globalização das cadeias de produção, com a digitalização, com a robotização”, aos “baixos níveis de associativismo e perda da sua densidade” e aos “desafios de ajustamento com a mudança do ciclo e o perfil da economia”, elencou.

“Esta é uma agenda de desafios, mas uma agenda de ação, diversificada, ambiciosa, cujo sucesso dependerá da nossa capacidade de trabalho conjunto e do empenho de todos no diálogo social e nos mecanismos de contratação a todos os níveis”, acrescentou.

No início do seu discurso, o ministro considerou que a celebração dos 40 anos da UGT acontece “num momento de renovação da esperança e da confiança” no futuro coletivo de Portugal, depois da “mais grave crise financeira” da história democrática do país.

“É um momento em que o país pode olhar com otimismo renovado para as perspetivas económicas, para a evolução do mercado de trabalho, para a retoma do dinamismo do diálogo social, que é condição essencial para garantir e consolidar os ganhos alcançados”, sustentou.

Vieira da Silva destacou a taxa de crescimento do salário mínimo como “um dos maiores sinais da mudança de política económica e social e dos seus resultados” durante a atual governação, referindo que a ideia de isso prejudicaria a criação de emprego não se comprovou e que a Comissão Europeia mudou de posição nesta matéria.

“Por diversas vezes essa estratégia de crescimento do salário mínimo foi apoiada em acordos de concertação, em que sempre a UGT teve decisiva participação ativa e construtiva”, salientou.

Em destaque

Subir