Vieira abdica do apoio de Costa e Medina após “polémica injustificada e hipócrita”
Luís Filipe Vieira, recandidato à presidência do Benfica, anunciou ter retirado o primeiro-ministro, o presidente da Câmara de Lisboa e “todos os titulares de cargos públicos” da comissão de honra.
A decisão do dirigente desportivo foi tomada depois de António Costa e Fernando Medina terem sido amplamente criticados, incluindo dentro do próprio PS, por manifestarem apoio ao presidente do Benfica.
Numa nota enviada às redações, Vieira apontou o dedo ao “populismo e demagogia.
O dirigente abdica do apoio de “todos os titulares de cargos públicos” na recandidatura à presidência do Benfica para “terminar com uma polémica injustificada e profundamente hipócrita“.
Arguido na Operação Lex, Luís Filipe Vieira foi implicado em vários casos pelo Football Leaks, de Rui Pinto.
Muitas dessas denúncias são recuperadas, pontualmente, por Ana Gomes, antiga eurodeputada eleita pelo PS.
A ativista contra a corrupção anunciou que é candidata à Presidência da República, mas não tem o apoio do PS, facto que motivou muitas críticas a António Costa por não estar ao lado de uma socialista enquanto aceitava integrar a comissão de honra de Luís Filipe Vieira.
Sobre essas denúncias e acusações, o presidente do Benfica foi bem claro, na mesma nota às redações.
“Se for condenado, no futuro, em algum dos processos de que nestes dias tanto se fala, serei o primeiro a tomar a iniciativa, saindo pelo meu pé da presidência do Sport Lisboa e Benfica”, prometeu.
Ficou, no entanto, o recado: há muitos “líderes partidários e políticos mais populistas” que, “propositadamente, esquecem um dos princípios básicos” em qualquer sistema legal: o direito à presunção de inocência.