O Governo cabo-verdiano vai avançar com o alargamento do programa Cidade Segura, atualmente a funcionar apenas na cidade da Praia com 300 câmaras de videovigilância, a quatro cidades de outras três ilhas do arquipélago.
De acordo com uma resolução do Conselho de Ministros de 18 de setembro, a que a Lusa teve hoje acesso, tendo em conta os resultados da implementação do projeto na capital cabo-verdiana, o Governo criou uma comissão de avaliação técnica para o seu alargamento.
Caberá a esta comissão, que integra membros da área da Administração Interna e da Segurança Nacional, além de representantes locais, conduzir o processo de alargamento do projeto Cidade Segura às principais localidades das ilhas de São Vicente, do Sal e da Boavista.
A resolução refere que “esta nova fase implicará estender o sistema integrado de segurança, com o objetivo de antecipar ocorrências criminais, garantir respostas imediatas às emergências e de melhorar a eficiência na gestão da segurança pública a três novas ilhas, abrangendo quatro cidades”, com “todo o trabalho técnico de preparação, seguimento e de implementação” a ser “ainda mais complexo e exigente”.
O documento sublinha que são reconhecidos os “ganhos” que o novo modelo de gestão de segurança trouxe à capital cabo-verdiana desde a sua implementação em 2018. Contudo, a resolução não avança em concreto as localidades que vão receber a segunda fase deste projeto.
Dados avançados pela Polícia Nacional em julho último indicam que o sistema de videovigilância instalado há um ano na cidade da Praia, no âmbito deste projeto, previne entre 40 e 50 crimes por mês.
O sistema faz parte do projeto Cidade Segura, com o qual o Governo cabo-verdiano estima poder vir a diminuir a criminalidade urbana na ordem dos 30 por cento.
Segundo disse então o comandante do centro do sistema de videovigilância na cidade da Praia, Luciano Vaz Cabral, o sistema é “o ideal” para a capital cabo-verdiana e tem representando “ganhos significativos” no que diz respeito à prevenção da criminalidade.
O sistema, suportado por 300 câmaras em vários pontos da cidade, funciona durante 24 horas e é operado por 32 agentes policiais, com turnos de seis horas cada.
Até agora, o sistema tem funcionado sem interrupções e sem avarias.
O projeto foi instalado pela empresa multinacional chinesa de telecomunicações Huawei, que contemplou a construção de um Centro de Comando em Achada Grande Frente, instalação do sistema de videovigilância, do sistema de alerta inteligente e da comunicação operacional (voz e vídeo).
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