Os buracos financeiros dos bancos têm um ponto em comum: sabe-se à partida que são grandes, mas à medida que se vai investigando descobre-se que são muito maiores do que o esperado. No caso do Banif, o Estado poderá perder cerca de 3680 milhões de euros. Veja o vídeo.

A venda do Banif ao Santander, feita numa luta contra o tempo, custa a cada português 360 euros, em média.

O Estado vendeu o Banco Internacional do Funchal ao Santander Totta por 150 milhões de euros, um valor muito abaixo do capital que o próprio Estado tinha injetado no banco.

E se é o Estado que tem de pagar esta conta de 3680 milhões de euros, é sobre os portugueses que recai a mesma fatura.

O Governo já assumiu que não conseguirá recuperar 2441 milhões de euros que tinha injetado no Banif. A este valor juntam-se outros 489 milhões, do fundo de resolução.

Os buracos nos bancos portugueses – instituições a que o erário público teve de socorrer – equivalem a cerca de oito anos de sacrifícios, com “enormes aumentos de impostos”, como classificou recentemente o então ministro das Finanças, Vítor Gaspar.

Os grandes desígnios dos últimos governos têm sido socorrer diferentes instituições bancárias, em nome da estabilidade do sistema financeiro.

Veja o vídeo.