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Há desde ontem uma nova ilha no mar Arábico. O sismo que abalou o sudoeste do Paquistão teve efeitos a centenas de quilómetros de distância, fazendo erguer do fundo das águas um pedaço de terra com 40 metros de comprimento e 100 de largura.
O sismo que ontem abalou o sudoeste do Paquistão fez nascer, a centenas de quilómetros, uma ilha. Quem olhava para o mar Arábico via um pedaço de terra que as primeiras medições, relatadas pela France Press, indicam ter cerca de 40 metros de comprimento, 100 de largura e 20 metros de altura.
“Não é uma coisa pequena, mas uma coisa imensa que emergiu da água. É verdadeiramente muito estranho e um pouco assustador ver de repente uma coisa a surgir da água”, resumiu Muhammad Rustam, um habitante de Gwadar, localidade que fica a cerca de 400 quilómetros para sul do epicentro do sismo, olhando para a nova ilha que fica a uns 600 metros da costa.
O Instituto de Oceanografia paquistanês deslocou de imediato uma equipa para o local, a qual registou uma forte concentração do gás metano. O investigador Mohammad Danish, citado pela France Press, acrescentou que “a equipa descobriu na superfície da ilha bolhas de natureza inflamável”.
“Este tipo de fenómeno já tinha acontecido no passado nesta região. É um acontecimento incomum, muito raro. Eu nunca tinha ouvido falar de um com estes contornos”, afirmou Gary Gibson, sismólogo da Universidade de Melbourne (Austrália), sobre o “muito curioso” incidente.
Os cientistas consideram que a hipótese mais provável é que a ilha seja um ‘vulcão de lodo’: um aglomerado de matéria erguido desde o fundo do mar pela pressão do gás metano durante o sismo.
O terramoto que ontem abalou o Paquistão registou uma magnitude de 7,8 na escala de Richter, tendo provocado mais de 250 mortos e cerca de 400 feridos, de acordo com o balanço mais recente das autoridades paquistanesas.