Economia

Vídeo: Sócrates pediu resgate para Portugal há sete anos

A 6 de abril de 2011, o primeiro-ministro de Portugal, José Sócrates, pedia à Comissão Europeia assistência financeira para Portugal. A palavra ‘resgate’ entrou no léxico da sociedade e trouxe com ela os termos ‘crise’, ‘austeridade’ e ‘troika’.

O então governante falou ao País, num discurso que se prolongou por pouco mais do que quatro minutos, mas não permitiu perguntas aos jornalistas. As explicações ficaram para depois,

“Este é o momento para todos assumirmos as nossas responsabilidades perante o País. Todos sabem como lamento que esta decisão se tenha tornado inevitável”, afirmou Sócrates.

O Pedido de Assistência Económica e Financeira (PAEF), mais tarde simplificado para ‘resgate’, era a “solução de último recurso” face à escalada contínua das taxas de juro.

Estava a ficar impossível para a economia nacional pedir dinheiro aos mercados, em especial devido à queda dos ratings nas três grandes agências de notação financeira.

“Esta situação é especialmente grave para o nosso País. E estou firmemente convencido, avaliadas todas as alternativas e depois de todos os contactos que fiz, que tenderá a agravar-se ainda mais se nada for feito”, insistiu o primeiro-ministro de então.

No discurso, José Sócrates culpou a oposição, liderada pelo PSD de Passos Coelho, afirmando que a rejeição do quarto Programa de Estabilidade e Crescimento “agravou de forma dramática a situação financeira” de Portugal.

“Foi o sinal mais errado que o país podia ter dado aos mercados financeiros. Foi o sinal errado no momento errado”, concluiu o governante, faz hoje sete anos.

A Comissão Europeia não quis ajudar sozinha e chamou o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional, com este a intervir em Portugal pela terceira vez. Estava formada a troika, como então a batizou Paulo Portas.

A ‘ajuda’ foi um empréstimo de 78 000 milhões de euros. Com os juros, vamos pagar mais de 112 440 milhões.

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