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Vídeo: SIC divulga escutas sobre corrupção no andebol

A SIC divulgou algumas conversas entre Paulo Silva, o alegado intermediário do esquema de corrupção no andebol, que envolve o Sporting e que está a ser investigado pelo Ministério Público. Veja o vídeo.

A estação de Carnaxide revelou conversas entre Paulo Silva, um empresário que terá sido intermediário em todo o esquema de corrupção, que envolve o Sporting, com alegados subornos pagos a árbitros, no andebol.

Numa dessas conversas, segundo a SIC, Paulo Silva fala com um interlocutor, em vésperas de um jogo entre o ABC e o FC Porto.

O empresário diz o que terá feito, junto da equipa de arbitragem dessa partida:

“Dei-lhe a entender que, se o ABC ganhasse ao Porto, que eu lhe dava um prémio, um prémio agradável para ele passar com a família. O gajo não me disse nem que sim, nem que não. Não foi muito direto. Foi evasivo, mas disse-me que no final do jogo me ligava. Vou aguardar”.

Paulo Silva é a mesma fonte que revelou o escândalo ao Correio da Manhã, que apresenta este homem como um “arrependido” de um ”esquema de corrupção no campeonato de andebol”, modalidade em que os leões se sagraram bicampeões, nesta temporada.

Receberia 350 euros por cada árbitro que conseguisse corromper, em diferentes encontros de andebol. Os juízes receberiam 2000 euros, se aceitassem o ‘negócio’.

O empresário confessou que cometeu diversos crimes. E terá agido a mando de André Geraldes, homem forte do futebol leonino, que na época passada tinha as modalidades sob sua tutela.

A SIC vai agora mais longe e divulga algumas conversas mantidas por Paulo Silva e João Gonçalves, o seu interlocutor.

Veja aqui o vídeo.

O caso já passou da comunicação social para a Justiça. Estão em curso diligências do Ministério Público, para apurar a veracidade das denúncias feitas pelo Correio da Manhã, na sua edição desta terça-feira, sobre um alegado esquema de compra de resultados, por parte do Sporting, através do pagamento de subornos a árbitros, no andebol.

A Procuradoria Geral da República confirma à agência Lusa a existência de “um inquérito relacionado com a matéria” e dirigido pelo Ministério Público do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) do Porto.

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