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Vídeo: “Se formos de Ferrari, já podemos ir rezar pelos nossos mortos?”

O pároco da Igreja de São Nicolau (Lisboa), Mário Rui Leal Pedras, criticou duramente o Governo pelas restrições impostas durante o fim de semana ‘de finados’.

Numa altura em que muitos fiéis da paróquia desejavam ir aos cemitérios, o padre lembrou o recente Grande Prémio de Portugal em Fórmula 1 para apontar contradições às medidas do Governo.

“Porque insiste o Governo em penalizar a fé dos portugueses? Dá vontade de perguntar, mas os cemitérios não são, quase há dois séculos, ao ar livre? Não seria possível indicar regras? Se formos de Ferrari, já podemos ir rezar pelos nossos mortos?”, questionou o padre, numa mensagem em vídeo publicada pela paróquia no YouTube.

Com o impedimento de circulação entre concelhos (de 30 de outubro a 3 de novembro) a dificultar ainda mais as idas aos cemitérios no ‘dia dos finados’ (sendo que muitos cemitérios nem sequer vão abrir), o padre de São Nicolau criticou o Governo por impor “restrições tão duras a um dever básico como é o cuidar dos nossos mortos” enquanto cria “de forma arbitrária ou política exceções à lei para eventos e atividades culturais”.

“Provavelmente, não devia estranhar. Não tem sido esta a atuação do Governo?”, continuou.

“Se for a Páscoa não pode, se for o 25 de abril, sim, pode. Se for o 13 de maio, em Fátima, não pode. Se for o 1.º de maio, sim, pode. Se forem os santos populares, não pode, mas se for o Avante, sim, já pode. Se for a uma igreja, guarde dois metros de distância entre cada pessoa. Se for a um cinema ou a um teatro, basta uma cadeira de intervalo”, exemplificou Mário Rui Leal Pedras.

“E num avião nem isso é preciso. Nos transportes públicos, o Governo garante que não pode haver contágio”, finalizou o padre.

Veja o vídeo.

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