Ciência

Vídeo: Rosetta despenhou-se no cometa e a Terra aplaudiu

Terminou hoje a missão da Rosetta, a sonda que esteve 12 anos atrás do 67P Churyumov-Gerasimenko para se despenhar na superfície do cometa.

Foram dez anos de viagem (mais de 6,4 mil milhões de quilómetros) e dois a estudar a fundo o cometa, permitindo registar dados nunca vistos deste tipo de corpo celeste.

Ao despedir-se da ‘vida’, a Rosetta ainda realizou várias medições, numa queda controlada a partir da Terra, a 720 milhões de quilómetros.

“Posso confirmar o pleno sucesso da descida da Rosetta”, afirmou Patrick Martin, o diretor de Missão, no centro de controlo da Agência Espacial Europeia (ESA) em Darmstadt, na Alemanha.

Ao despenhar-se no 67P, a sonda mandou imagens da superfície e dados da névoa gasosa que envolve o cometa, da temperatura e da gravidade.

Após uma queda livre de 19 quilómetros, ao longo de 14 horas, a Roseta passou para o modo de “impacto controlado”, embatendo na superfície do 67P a uma velocidade de 90 centímetros por segundo, o mesmo que uma pessoa a andar.

Às 11h19 (mais uma hora em Portugal continental), a sonda ‘morreu’, desaparecendo dos ecrãs dos computadores do centro de controlo.

Terminou assim a longa viagem iniciada em 1993, quando foi aprovada a missão de explorar um cometa para melhor se compreender o nascimento do sistema Solar, há 4,6 mil milhões de anos.

Em novembro de 2014, a Rosetta aproximou-se do 67P o suficiente para lançar o Philae, um módulo que recolheu 60 horas de dados da superfície antes de ‘adormecer’ para sempre.

Em agosto do ano passado, o cometa começou a afastar-se do Sol, tornando inevitável o fim da missão, o que levou os cientistas a optarem por fazer despenhar a sonda na superfície.

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