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Vídeo: Prisão obriga mulheres a tirarem o sutiã durante as visitas

A prisão do Maine, nos EUA, continua a praticar uma ilegalidade. As mulheres que querem visitar reclusos são obrigadas a tirar o sutiã para poderem entrar.

A prática é antiga, mas as denúncias recentes colocaram o assunto no palco mediático.

A prisão estadual do Maine incorre numa ilegalidade, pois este procedimento não está aprovado pelo Departamento de Serviços Prisionais.

As visitantes sentem-se humilhadas, mas os responsáveis do estabelecimento prisional alegam que a medida visa impedir a entrada de produtos contrabandeados, como tabaco e droga.

Durante sete anos, Stacy Venable, uma antiga militar de Malvern (Pensilvânia), visitou um sobrinho sem ter qualquer problema. A 11 de fevereiro deste ano, fez detetar o detetor de metais e foi instruída a ir tirar o sutiã nos sanitários. A mulher recusou, mas a irmã e uma sobrinha foram visitar o familiar após deixarem a peça de roupa num cacifo.

“Há uma linha que não se pode cruzar, a da integridade”, afirmou a antiga militar da Força Aérea, agora com 54 anos, em declarações ao Bangor Daily News: “Recuso-me a tirar o sutiã numa prisão só de homens”.

A queixa de Venable chegou até ao governador, Paul LePage, mas desde então que a mulher aguarda por desenvolvimentos.

A sobrinha de Stacy Venable, que por “vergonha” pediu o anonimato, acrescentou que mais humilhante do que tirar o sutiã é ser acompanhada na visita pela filha de 16 anos… também sem a peça de roupa.

“É algo que se nota, ainda para mais quando ela está num espaço onde se encontram agressores sexuais e pedófilos. Não só embaraça como é aterrador”, descreveu.

A prática não afeta só as visitantes. Em 2015, soube-se agora, duas advogadas tiveram de remover o sutiã para poderem entrar na prisão, onde eram aguardadas pelos clientes.

Com a polémica instalada, o comissário Joseph Fitzpatrick veio garantir, já esta semana, que os guardas prisionais vão ser proibidos de exigir a remoção dos sutiãs: “Não volta a acontecer. Vamos encontrar um meio-termo entre o respeito e a segurança”.

Para o mediatismo do caso também contribuiu o documentário, emitido recentemente na televisão norte-americana, que classifica a prisão estadual do Maine como uma das piores do país.

 

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