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Vídeo: Precisa de um rim? Peça na janela do carro

anuncio do rim Christine Royles estava em risco de vida e não aparecia nenhum dador. Em desespero, escreveu na janela do carro: “Procuro dador de rim. Tem de ser tipo sanguíneo O”. Em poucos dias, esta jovem de 24 anos encontrou o ansiado dador, mas continua sem encontrar palavras para lhe agradecer.

Um apelo desesperado salvou a vida de Christine Royles, uma jovem de 24 anos de South Portland, nos EUA, que, no ano passado, ficou a saber que sofre de falha renal grave. A norte-americana entrou para a lista de espera por um rim num país onde há 100 mil pessoas à espera do mesmo: aliás, por ano morrem mais de 4000 pessoas porque não conseguiram o transplante a tempo.

Em desespero, Christine Royles escreveu um apelo no vidro traseiro do carro. “Procuro uma pessoa que me doe um rim. Tem de ser do tipo sanguíneo O. (Só preciso de um rim)”, dizia a mensagem, que terminava com o número de telefone. “Lembrei-me de ver uma notícia de um idoso, num outro estado, que pedia um rim para a mulher. Sentava-se na berma da estrada com um cartaz”, explicou a jovem.

Para surpresa de Christine Royles e do marido, que achou a ideia “esquisita”, uma desconhecida passou pelo carro/anúncio. “Ó meu Deus, é a coisa mais triste que já li”, comentou Ashley Dall-Leighton para o marido, assistente social numa centro de reintegração de condenados.

“Eu apenas olhei para ela e respondi ‘tenho de tentar’. Penso que o facto de ter três filhos pesou na decisão, porque se a minha mulher precisasse de um rim e eu não pudesse doar ia ficar à espera que alguém o pudesse fazer”, salientou Josh, o marido de Ashley Dall-Leighton.

Quando Christine recebeu uma mensagem de Josh começou “a chorar”, recordou: “Não conseguia acreditar que alguém ia fazer aquilo por mim. Pensar que alguém, com uma família tão jovem, ia tirar um tempo do trabalho para ajudar um desconhecido era inacreditável”.

A jovem foi visitar o potencial dador, que vive em Windham, e levou o filho de 2 anos, Talan. “Não tenho palavras para lhe agradecer”, repetiu Christine, que mesmo após o transplante vai necessitar de hemodiálise diária (10 horas) e “toneladas” de medicação, para além de consultas regulares.

Enquanto espera pelo transplante, que deverá ser marcado para meados de maio, Christine Royles está a angariar dinheiro. A cirurgia, que custa cerca de 250 mil dólares, será paga pelo seguro de saúde, mas a jovem quer ajudar a família que a vai ajudar.

“Quero que os meus filhos percebam que, se alguém precisar de ajuda, temos de fazer tudo para os ajudar. Assim eles percebem que não estou a dizer palavras em vão, mas que fiz mesmo algo que ajudou alguém”, reagiu Josh, garantindo que não quer qualquer recompensa pela dádiva.

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