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Vídeo: Polícias agridem cidadão algemado e são suspensos

Um cidadão algemado e sentado foi agredido, durante vários minutos, por agentes da polícia de Hong Kong TVB. As imagens chegaram a uma televisão local. Os ativistas pela democracia e os políticos exigem responsabilidades. Para já, há seis agentes suspensos.

Numa Hong Kong mergulhada em protestos a favor de uma maior democracia, a polícia foi apanhada a agredir um cidadão, mais tarde identificado como filiado do Partido Cívico.

No vídeo, os agentes levam um homem, algemado, para um canto e forçam-no a sentar-se. Agrupando-se em volta do cidadão, os polícias partem para as agressões, que se prolongaram por vários minutos.

A vítima chama-se Ken Tsang Kin-chiu e foi identificada pelo líder do Partido Cívico, Alan Leong Kah-kit. Numa entrevista ao South China Morning Post, o responsável político revela que o cidadão agredido se encontra “emocionalmente instável” e que (na altura das declarações) ainda não tinha sido levado para o hospital para receber assistência.

“Pelo que podemos ver, Tsang já estava algemado e foi levado para um canto escuro e espancado”, descreveu Kah-kit: “O uso de força pela polícia constitui um flagrante abuso de poder e tudo indica que os agentes devem, pelo menos, ser investigados por agressão com o fim de gerar lesões corporais”.

O caso foi entregue a uma equipa de advogados, tendo a vítima reunido com quatro causídicos até ao momento.

Também Alex Chow, o secretário-geral da Federação de Estudantes (a principal força dos protestos em Hong Kong), condenou “o abuso de autoridade”.

“Podemos ver [Kin-chiu] ser arrastado para um canto, o que significa que estava sob detenção da polícia”, salientou Chow, acrescentando que o caso “é contraditório às expectativas das pessoas, que acreditam estar sob a proteção da polícia”.

“O que a polícia deveria fazer era escoltar o manifestante até ao carro e não levá-lo para longe e atingi-lo com pontapés durante quatro minutos”, reforçou outro líder estudantil, Joshua Wong.

No Parlamento, 22 deputados condenaram as “ações extra judiciais” desempenhadas pela polícia.

Da parte das autoridades veio a promessa de “uma investigação imparcial”, assim como a manifestação de “preocupação com o vídeo que mostra agentes à paisana suspeitos de usarem excesso de força esta manhã”.

Seis polícias encontram-se agora suspensos preventivamente.

Evitando comentar o caso de Ken Tsang Kin-chiu, um elemento da comissão independente de fiscalização das forças de segurança, Eric Cheung Tat, afirmou ser “inaceitável” que elementos da polícia “agridam pessoas num canto escuro”.

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