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Vídeo: Polémica declaração da ministra gera reação de jornalista da TVI

A ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, teceu uma consideração polémica, na TVI24, ao defender que “bombardear pessoas com imagens de chamas pode provocar um incêndio”. A jornalista Ana Sofia Cardoso reagiu. Veja o vídeo.

Em entrevista ao 21.ª Hora, na TVI24, nesta quinta-feira, a ministra Constança Urbano de Sousa defendeu uma teoria discutível, na abordagem da realidade dos incêndios em Portugal.

Segundo sustentou, a difusão de imagens de incêndios pode servir de “clique” em “pessoas doentes” que decidem atear fogos só porque veem essas imagens.

“Muitos deles sabe porque cometem estes atos? Porque são constantemente bombardeados na comunicação social com chamas constantes. Muitas vezes, isso faz com que algumas pessoas tenham uma espécie de um clique e vão atear fogos”, defendeu a ministra.

E Constança Urbano de Sousa sugeriu que as televisões têm um papel a cumprir, para evitar incêndios.

“Todos nós temos uma quota de responsabilidade nesta situação. E é preciso atuarmos todos com responsabilidade. Porque se há atos que são criminosos, há outros que são praticados por pessoas doentes que reagem a estímulos e esses estímulos são dados pelo exterior”, disse.

Instada a comentar uma hipotético agravamento das molduras penais, a ministra insistiu na mesma teoria do excesso de imagens difundidas pela televisão:

“Temos de ter consciência de que há pessoas doentes e que reagem a estímulos. E estar a bombardear essas pessoas com imagens constantes de chamas isso pode provocar um incêndio”, salientou.

A jornalista Ana Sofia Cardoso discordou da visão da ministra e lembrou que cabe ao Estado, também, dar apoio psicológico a pessoas doentes que se tornam incendiárias.

“São pessoas que têm de ter um acompanhamento psicológico por parte de entidades, algumas estatais”, começou por dizer a jornalista da TVI.

“Da parte da comunicação social, apenas lhe posso dizer é que têm sido as televisões a mostrar o que vai acontecendo, de norte a sul do País, o que vai acontecendo na ilha da Madeira e a mostrar o drama que milhares de pessoas estão a enfrentar neste momento”, concluiu.

Veja o vídeo.

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