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Vídeo: Pinto da Costa critica alarme em torno do novo coronavírus

Professor catedrático abordou, no programa Praça da Alegria, da RTP, o que considera ser “um exagero” no alarme social em redor do Covid-19. “Ninguém se importa de morrer com gripe de outro vírus. Com o coronavírus atual, já ninguém quer…”, ironiza. Veja o vídeo.

“Ninguém se importa de morrer com gripe de outro vírus. Com o coronavírus atual, já ninguém quer… Apelo à calma, serenidade. A pessoa deve ter um sentido otimista, porque isso aumenta a sobrevivência e permite uma melhor gestão bioquímica da atividade cerebral”, aconselha o especialista, no programa Praça da Alegria, criticando o alarme social em redor do Covid-19.

“Não há razão nenhuma para este alarme, sobretudo tendo em conta os números que estão mais ou menos oficializados – 82 mil infetados, 2800 mortos… Em comparação com os 300 milhões de pessoas que morreram com a varíola, não me parece que seja alguma coisa. Em relação aos milhões que morreram com a sida, e que continuam a morrer, não me parece que haja razões para alarme. Está-se a exagerar um bocadinho. Acho que a prudência é que está exata”, defendeu.

Eduardo Pinto da Costa sugere que “primeiro, se filtrem os números”. E lembra que “muitos deles são notícias falsas”. Segundo ponto, sugere, “verificar, do ponto de vista epidemiológico, quem morre”.

“As pessoas com mais de 80 anos devem estar preocupadas, porque quem morre tem mais de 80 anos. Do ponto de vista epidemiológico não tem significado. Até porque, por qualquer razão, não há casos mortais conhecidos [em pessoas] nos primeiros nove anos de vida. Não quer dizer que amanhã não surja”, ressalva.

Pinto da Costa lembra ainda outros fatores que estão associados à mortalidade (por Covid-19 e não só). “Há outras doenças (cardiovasculares, diabetes…) e a acumulação de patologias é que vai facultar a minoria de pessoas que morrem com mais de 80 anos”, explica.

Por outro lado, “a doença, em si mesma desaparece espontaneamente”, assinala, falando do novo coronavírus. “Oficialmente, de todos os pacientes, 30 mil recuperaram sem qualquer medicação especial, até porque não há”, lembra.

Pinto da Costa fala da eventualidade de surgir uma vacina. “Será um grande negócio…”, ironiza. E critica o que apelida de “paranóia das máscaras”.

“O importante é lavar as mãos. A máscara só é importante se eu souber que estou infetado por coronavírus e quiser proteger os outros. Agora, se eu não tiver nada, não tenho de ter máscara”, aconselha.

A comprovar a sua ideia, manifesta que não teria qualquer receio em viajar para locais de risco: “Eu viajaria para Milão, para a China, sem problema nenhum”.

Mais importante do que evitar qualquer local do mundo é “o estilo de vida”.

“O importante será o estilo de vida. No ano passado, ninguém se preocupou com a gripe, mas no entanto morreram 3000 portugueses. Com gripe”, conclui.

Veja o vídeo com essa declaração, a partir do minuto 36

Pinto da Costa é professor catedrático jubilado do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto, foi professor catedrático da Faculdade de Medicina daquela universidade, e professor de Psicologia Forense, Neuropsicopatologia, Psicofarmacologia e Criminologia Clínica, na Universidade Lusíada do Porto. É também professor catedrático de Medicina Legal na Universidade Portucalense e diretor científico do Instituto CRIAP.

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