Perderam os filhos num acidente de viação e puderam ver as derradeiras imagens, que contam tudo sobre as causas do acidente, em East Sussex, no Reino Unido. Decidiram divulgar o vídeo, como forma de sensibilização. O registo não é aconselhável a pessoas sensíveis.

O vídeo é perturbador. Kyle Careford, de 20 anos, e um amigo, Michael Owen, de 21, gravaram a viagem até à morte, em alta velocidade, em Crowborough, East Sussex. Os pais decidiram divulgar o registo, como forma de sensibilizar outros jovens e os condutores para os perigos de circular em velocidade excessiva.

Numa decisão pouco comum, os pais de dois jovens que morreram num acidente de viação optaram por tornar públicas os últimos momentos dos filhos com vida.

Kyle Careford e Michael Owen seguem num Renault Clio, conduzido a alta velocidade, numa estrada movimentada, durante a noite.

Michael Owen filma a aventura, a velocidade elevada (o triplo do permitido no local), o seu amigo Kyle Careford, os dois rostos dos protagonistas desta história com final fatídico.

Aparentam estar sob efeito de álcool ou drogas. E depois de muitas ultrapassagens perigosas, o condutor não consegue evitar um obstáculo e embate com violência. Era o fim da linha.

O telemóvel continua a gravar. A imagem não conta nada, mas o áudio permite perceber que alguém tenta prestar-lhes auxílio. “Consegue ouvir-me?”, pergunta essa voz, que não obtém resposta. Estavam ambos sem vida. Tiveram morte imediata.

A polícia foi chamada ao local e recolheu o telemóvel, que contava a parte da história que as autoridades desconheciam: o trajeto até ao acidente.

Entretanto, a família tenta recuperar do choque. Depois de ter acesso aos dados da autópsia, que foram conhecidos há dias, o The Guardian confirma o excesso de drogas e de medicamentos.

Kyle Careford estava embriagado, não tinha carta de condução, nem seguro automóvel.

As verdades são recorrentes, mas não deixam de surpreender. Porém, mais surpreendente (corajosa) foi a atitude da família.

Os pais dos dois jovens decidiram partilhar o vídeo, para que sirva de lição, para que as duas mortes poupem muitas outras. E para que histórias semelhantes não se repitam.

“Não sabemos porque estes rapazes escolheram fazer isto, mas só os podemos culpar a eles. Esperamos que a divulgação deste vídeo possa impedir que outras pessoas cometam os mesmos erros”, diz a mãe de Michael.

As imagens que se seguem não mostram sangue, mas são brutais e podem perturbar as pessoas mais sensíveis. Eis o vídeo.