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Vídeo: Orlando, o cão-guia idoso, resgata cego da linha de metro de Nova Iorque

orlando Um homem, cego, caiu na linha do metro de Nova Iorque, no momento em que uma viatura chegava à estação. A sorte de Cecil Williams foi a rapidez de Orlando: apesar de idoso, o cão saltou para a linha e arrastou o dono, salvando-o da morte.

Cecil Williams, de 61 anos, saiu de casa para ir ao dentista juntamente com o cão-guia, Orlando. Já na estação do metro de Nova Iorque (EUA), na rua 125, sentiu-se mal e perdeu a consciência, caindo na linha exatamente no momento em que se aproximava um metro. Perante o pânico de quem estava na estação, o cão saltou para a linha e salvou o dono, que apenas sofreu ferimentos ligeiros.

“Quando vi o metro a aproximar-se berrei como uma louca porque não sabia o que estava a acontecer, pensei que o homem ia ficar esmagado. Só vimos um homem a cair e um cão a ir ter com ele. Ficou toda a gente em pânico”, testemunhou Danya Gutierez, que estava na estação no momento do acidente, citada pela CBS New York.

Outra utente do metro, Ana Quinones, contou ao New York Post um relato mais preciso. “O cão tentou puxar o homem, que estava na berma da plataforma. Ele parecia estar com tonturas e o cão não parava de ladrar”, revelou. Quando Cecil Williams caiu, Orlando saltou atrás dele, complementou Ana Quinones: “mas lá em baixo ele não podia fazer nada. Apenas se sentou junto ao homem, a lamber-lhe a cara a ver se o acordava”.

Para aumentar o pânico de quem presenciava a cena, uma viatura do metro acabava de entrar na estação, exatamente na linha onde o homem estava caído. Enquanto o condutor tentava travar, o cão puxou o homem para o meio dos carris, onde a profundidade era maior. Quando o metro finalmente parou, tinham passado uma composição e meia por cima da dupla.

“Eles não ficaram entalados nem esmagados, estavam apenas entre os carris”, precisou Daniel O’Sullivan, da polícia de Nova Iorque, citado pela NBC New York: “foi, não haja dúvidas, um milagre de Natal”.

Quando Williams recuperou a consciência, já no hospital, teve como primeira preocupação o fiel companheiro, que já conta com 11 anos de idade e que estava prestes a ser reformado da função de cão-guia. Orlando escapou sem qualquer ferimento, enquanto o homem sofreu apenas um corte na cabeça.

Escaparem ilesos ao metro não foi o único “milagre de Natal” para esta dupla.  O seguro de Williams não lhe permitia manter um animal para além do cão-guia, função da qual Orlando estava prestes a retirar-se. As notícias do acontecimento na estação da rua 125 rapidamente se espalharam e os donativos não tardaram a surgir: ao final da semana passada, Cecil Williams recebera o suficiente para continuar a viver com Orlando. Só de uma plataforma de ‘crowdfunding’ recebera mais de 60 mil dólares, cerca de 44 mil euros.

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