As autoridades de Corumbá conseguiram capturar o jaguar que há mais de um mês rondava a cidade. A onça-pintada, como se diz no Brasil, foi capturada na armadilha e sedada, sendo depois libertada numa zona mais afastada do Pantanal.

O pesadelo de Forte Junqueira, uma zona da cidade de Corumbá, no Brasil, terminou da melhor forma. Há mais de um mês que um jaguar rondava a cidade, deixando os moradores assustados com a hipótese de serem atacados, mas as autoridades conseguiram capturar o felino sem ferir ninguém, nem sequer o animal.

Foi ontem à noite que a onça-pintada, como se chama no Brasil ao animal cujo nome científico é Panthera onca, se deixou capturar. O jaguar pensava ter encontrado uma refeição pronta a comer, mas estava a entrar numa armadilha colocada pelo Comité de Incêndios Florestais e Contenção de Animais Silvestres.

A Polícia Militar Ambiental (PMA), com o apoio dos técnicos do comité, lidaram com “extremo cuidado” o animal, que foi sedado e posteriormente solto, “forma segura, num local longe da área urbana e seco”, como salientou o major Nivaldo Pádua.

Solto no Pantanal, o jaguar ficou afastado da zona de cheia do rio Paraguai, como os técnicos insistiram em frisar.

“Este animal, que estava na região do Forte Junqueira, era o que mais nos preocupava, porque estava numa área em que havia residências numa distância aproximada de 100 metros. Há cerca de 15 dias, passámos a utilizar tecnologia. Usámos câmeras para filmar o animal 24 horas e descobrir qual a rotina”, acrescentou o major.

Capturado este jaguar, as autoridades centram agora as atenções “nas regiões da Cacimba da Saúde e da Sobramil, onde houve registos de aparições de onças”.

“Na Sobramil, não encontramos mais vestígios do animal. Pode ser esta que agora foi capturada, não temos a certeza. Na Cacimba já estamos com armadilhas armadas e monitorizando”, salientou Nivaldo Pádua.