A partida Sérvia-Albânia, de qualificação para o Europeu de 2016, foi suspensa após um drone provocatório a pairar sobre o estádio do Partizan e com agressões e invasões de relvado, por parte dos adeptos. São resquícios da guerras dos Balcãs, com albaneses e sérvios divididos por um conflito cujas marcas perduram.

O futebol e a política misturaram-se e estalou o verniz, num campo de futebol, com o mundo a assistir a um degradante espetáculo.

Recorde-se que o Kosovo, uma ex-província sérvia com maioria albanesa, proclamou a independência em fevereiro de 2008, de forma unilateral. Há cisões entre os dois países, transportadas para a cena pública.

A tentativa de criar a “Grande Albânia”, que reuniria as comunidades Albânia e do Kosovo, mas também do sul da Sérvia, bem como do Montenegro e da Macedónia, é um dos principais focos de divisão.

O ‘conflito’ começou com um drone a pairar sobre o estádio do Partizan, em Belgrado, com uma bandeira da Albânia, no terreno adversário.

Olsi Rama, irmão do primeiro-ministro albanês, terá sido o mentor desta iniciativa.

Há relatos de que seria o próprio Olsi Rama a comandar o drone, a partir de um camarote.

A partir daqui, assiste-se a uma série de agressões e invasões de relvado, por parte dos adeptos.

Depois de Martin Atkinson, árbitro inglês que dirigia o encontro, ter suspendido temporariamente o desafio, a UEFA decidiu-se pela interrupção definitiva, sendo que o episódio será agora analisado pela Comissão de Controlo, Ética e Disciplina da UEFA.

Resta saber as implicações desportivas do incidente, para as seleções em causa, que estão inseridas no mesmo grupo de qualificação de Portugal.