May Myat Noe foi eleita a mulher mais bonita da zona Ásia/Oeste do Pacífico, mas nem a beleza a salvou das exigências dos patrocinadores do concurso. A adolescente birmanesa perdeu o título por recusar colocar implantes mamários, mas só devolve a tiara se lhe pedirem desculpas.

A beleza de May Myat Noe, uma birmanesa de 16 anos, convenceu o júri do concurso Miss Ásia/Oeste do Pacífico, mas não os patrocinadores do evento.

Apesar de ter ganho a tão desejada tiara de miss, a adolescente recusou-se a aumentar o peito, como exigiam os patrocinadores.

A nível oficial, a organização justificou a retirada do título com “a falta de personalidade, integridade, lealdade para com o concurso e falta de carácter”, para além da “ingratidão”.

De acordo com David Kim, o responsável do concurso pela comunicação, a cirurgia estética estava planeada para quando May Myat Noe chegasse a Seul, na Coreia do Sul.

“Como vai começar uma carreira de cantora, entendemos que precisava de ser ainda mais bonita. Assim que chegasse, deveria ter ido ao hospital para ser operada ao peito”, salientou Kim, numa entrevista ao The Guardian.

Só que a adolescente birmanesa (a atual República de Myanmar) recusou entregar a tiara e insiste em manter a aparência física que lhe valeu o título entretanto retirado.

Antes de regressar a Myanmar, Noe deu uma entrevista a exigir que o júri lhe peça desculpas pelas inesperadas exigências.

“Não quero a coroa de uma organização com tão má reputação, mas só a devolvo quando pedirem desculpa. Não apenas a mim, mas a todo um país, o meu, a que deram uma má imagem internacional”, justificou.

Refira-se que a coroa não é uma qualquer: a tiara tem cristais Swarovski avaliados em mais de 100 mil dólares, cerca de 76.300 euros.

Agora, ou a organização do concurso pede desculpa por chamar ladra a uma miss ou a adolescente birmanesa mantém a preciosa coroa.