O califado islâmico proclamado pelo EIIL está a destruir, com fogo e à bomba, mesquitas xiitas e igrejas católicas na região de Mosul, no Iraque. O túmulo do profeta Jonas, com 700 anos, foi um dos alvos. Missionários cristãos e religiosos xiitas continuam a ser perseguidos.
O Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL), o grupo extremista sunita que declarou a instauração do Califado do Iraque (abrangendo também território sírio), está a destruir mesquitas e igrejas e a perseguir religiosos xiitas e cristãos.
Uma das mesquitas que os jihadistas fizeram explodir foi a de Nabi Younis, onde estava o túmulo de Jonas (um profeta citado no Alcorão e na Bíblia) e que fora construída no século XIV, próxima das ruínas de Nínive, a histórica cidade que acolheu o primeiro Concílio inter-religioso.
De acordo com uma testemunha, vários militantes entraram na mesquita, ontem, e interromperam as orações. Durante cerca de uma hora, prepararam os explosivos. A explosão ficou registada em vídeo.
O EIIL também fez explodir a mesquita onde estava o túmulo do profeta Daniel, não citado no Corão mas venerado por várias correntes islâmicas.
Só na região de Mossul, os rebeldes sunitas, que tentam impor a ‘sharia’ (lei religiosa) num Iraque governado por xiitas, destruíram pelo menos 15 mesquitas e 11 igrejas.
De acordo com o The Guardian, pelo menos 1500 famílias abandonaram a região, ou para escapar à conversão obrigatória (ao islamismo sunita), ou para evitar a ordem de mutilação genital de todas as mulheres entre os 11 e os 46 anos.