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“Sócrates mexeu com o vespeiro”, diz Marinho e Pinto

Em entrevista à RTP, Marinho e Pinto criticou a prisão preventiva de José Sócrates e disse que o juiz Carlos Alexandre tem um “especial amor” pela medida de coação a que o ex-primeiro-ministro foi sujeito. Mas o antigo bastonário da Ordem dos Advogados e líder do PDR foi mais longe. “Sócrates mexeu com o vespeiro”, afirma, sugerindo que o ex-chefe de Governo esteja a ser vítima de uma vingança da Justiça.

 “José Sócrates mexeu com o vespeiro, quando foi primeiro-ministro. Faça uma pesquisa e vá ver o discurso público do doutor João Palma, presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, ou do doutor António Martins, presidente do Sindicato dos Juízes. Vá ver os discursos deles. Muita gente dizia: ‘Ai de José Sócrates se um dia lhes cair nas mãos’”.

O antigo bastonário questiona a prisão preventiva de José Sócrates, lamentando que se “prenda para investigar”. Marinho e Pinto não tece considerações sobre a culpa ou inocência do ex-primeiro-ministro, mas defende uma pena severa, caso sejam provados os crimes de que Sócrates está indiciado.

“Não sei se José Sócrates está culpado ou inocente. Possivelmente, ninguém de boa-fé saberá. Se for culpado, condenem-no a uma pena ainda mais severa, pelas funções que ocupou. Agora, não se pode prender ninguém para depois se investigar. Porque é que Sócrates está preso há seis meses e não há acusação?”, realça Marinho e Pinto.

O jornalista Vítor Gonçalves, da RTP Informação, questiona Marinho sobre a eventualidade de existirem indícios fortes para prenderem o ex-primeiro-ministro. A resposta:

 “Há juízes e juízes. Outro juiz teria posto Sócrates em liberdade. O doutor Carlos Alexandre tem um especial amor pela prisão preventiva. Ele até metia na cadeia uma criança de 16 anos por uma zaragata em que nem sequer houve feridos”, disse Marinho e Pinto.

“Os mesmos casos e os mesmos processos, com a mesma lei, dão decisões completamente díspares. E porquê? Porque os juízes e magistrados apropriaram-se da Justiça e não decidem de acordo com princípios e valores que regem a justiça o direito e a lei, mas de acordo com convicções íntimas, rancores e preconceitos”, adiantou ainda o antigo bastonário.

Antes, na TVI, Marinho e Pinto defendera que José Sócrates corre o risco de ser elevado a “herói, sem o merecer”. O líder do PDR colocava sobre a mesa a possibilidade de não haver condenação, neste mediático caso.

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