Há um ano, um Patrick Hardison foi submetido a um transplante de rosto, o mais complexo da história da medicina. Um ano depois, Patrick deu uma entrevista. Veja o vídeo.
Lembra-se do norte-americano que fez um transplante de face? A operação foi um sucesso, mas os tempos que se seguiriam revelar-se-iam fundamentais para perceber se haveria rejeição, ou outro tipo de complicações.
Cumpriu-se um ano desde o transplante de rosto mais complexo do mundo. O bombeiro Patrick Hardison, de 42 anos, superou com sucesso essa etapa que lhe devolveu a autoestima, após as queimaduras que o desfiguraram. Mas a essa etapa seguir-se-ia outra, que dependeria do tempo.
O tempo passou e Patrick concedeu uma entrevista, para falar sobre a sua vida, a sua realidade, sobre o modo como o seu corpo aceitou esta nova face.
“Sinto-me uma pessoa normal”, diz Patrick Hardison, um homem bem diferente daquele bombeiro que ficou transfigurado, após ter perdido as feições, devoradas pelas chamas de um incêndio num prédio.
A operação realizou-ne no Centro Médico NYU Langone, em Nova Iorque, nos Estados Unidos, e envolveu mais de 100 médicos, enfermeiros e assistentes. No total, 26 horas de intervenção.
O caso mediático do bombeiro Patrick Hardison, submetido a um transplante de rosto, supera uma operação semelhante, realizada em 2012. Na altura, um homem recebeu uma nova face.
A intervenção cirúrgica a Hardison demorou 26 horas e envolveu 150 pessoas, para devolver o rosto a um bombeiro que o perdera, no combate a um incêndio, onde sofreu queimaduras de terceiro grau.
O ponto de partida era pouco animador, daí que os médicos tenham atravessado um longo processo de formação, ao longo de um ano, para garantir as máximas probabilidades de sucesso.
O dador foi David Rodebaugh, jovem de 26 anos, que morreu após um acidente de bicicleta. A família de Patrick Hardison dedica uma palavra de agradecimento pela generosidade.
O bombeiro recebeu um transplante de cara, do couro cabeludo, das orelhas, lábios, nariz e pálpebras. As probabilidades de sobreviver a esta intervenção não eram elevadas: 50 por cento.
Os riscos de infeção colocaram este bombeiro numa espécie de casino, onde teria de apostar tudo numa decisão. Mas não hesitou. Patrick escolheu a opção mais arriscada e conseguiu sobreviver.
“Não pensei duas vezes. Eu sabia que não iria morrer naquela mesa de operações. A morte nunca me assustou nem um bocadinho”, revelou, há um ano.
Os médicos achavam que o bombeiro iria perder a visão, mas esse cenário não se confirmou e este pai de cinco filhos poderá observá-los para sempre.
“Posso andar pela rua sem ninguém apontar o dedo, olhar para mim… Sou uma pessoa normal”, diz Patrick Hardison.
A intervenção foi um sucesso e o tempo fez com que Patrick recuperasse o controlo dos músculos faciais e, desse modo, as expressões e a fala.
Durante o resto da sua vida tomará fármacos que evitarão que o novo rosto seja rejeitado pelo organismo.
O balanço da intervenção e o testemunho deste bombeiro foram feitos 96 dias depois desta operação que mudou a vida a um homem que evitou a tragédia em tantas outras.
Agora, um ano após o transplante, Patrick Hardison faz um novo testemunho.
Veja o vídeo.
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