Vídeo: Judite de Sousa faz revelações sobre os três anos de luto
No programa 21.ª Hora, da TVI24, Judite de Sousa quebrou um tabu, ao falar, abertamente, da sua dor, do luto, da depressão, dos problemas mentais. A jornalista aponta um contrassenso: os amigos fugiram, alguns deixaram de lhe atender o telefone, ao mesmo tempo que a sua tragédia preenchia capas de revista. “O sofrimento psicológico vende”, diz. Veja o vídeo.
“Vivemos num mundo em que não sabemos lidar com as doenças mentais da forma mais correta. E muitas destas situações levam ao suicídio”, revela Judite de Sousa, numa entrevista surpreendente onde aborda os três anos de luto. A jornalista passou para o lugar de entrevistado, para contar as vivências que, na sua opinião, nos devem obrigar a refletir sobre a “condição humana”.
“Que homens e mulheres somos nós, que falamos apenas nas redes sociais, que não falamos olhos nos olhos, que não temos uma palavra a dizer que não seja uma banalidade?”
‘Pensar, Sentir, Viver’, o livro da jornalista, aborda estas e outras questões, no seu livro, com o relato de uma pessoa que enfrentou a pior das dores: a perda de um filho.
Judite viveu um contrassenso. Viu pessoas virarem as costas, porque “só gostam de ver sorrisos”, mas a sua dor suscitar interesse mediático, porque “o sofrimento psicológico vende”.
“As pessoas não sabem lidar com o sofrimento dos outros. Evitam o sofrimento do outro. Não sabem o que devem dizer, fogem da pessoa, evitam-na”.
“Eu convivi com pessoas que pura e simplesmente se afastaram de mim. As pessoas vivem num mundo em que querem ver sorrisos. Vivem num mundo em que dizem ‘o meu problema é igual ao teu’. E o problema delas não é igual ao meu”, conta.
Judite de Sousa revela que houve quem que deixasse de lhe atender o telefone. E fala em pessoas que “valem muito pouco”.
“O sofrimento psicológico vende, mas deveria ser respeitado, quando estamos perante dores traumáticas, que nos acompanham nas nossas vidas”.
Veja o vídeo.
http://playbuffer.com/watch_video.php?v=9A91D2NBN9B5
