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Vídeo: “Homossexualidade é um presente de Deus”, diz padre gay

O padre Krzysztof Charamsa foi expulso pelo Vaticano, por ser homossexual. Escreveu um livro – ‘A Primeira Pedra – Eu, Padre Gay’ – onde afirma que “a homossexualidade é um presente de Deus”. E numa entrevista a Manuel Luís Goucha justifica essa frase. Veja o vídeo.

Está a venda um livro que promete ser polémico e incómodo para a Igreja. ‘A Primeira Pedra – Eu, Padre Gay’, de Krzysztof Charamsa, é um testemunho inédito, onde um “alto prelado do Vaticano rompe o silêncio milenar revelando um lado inquietante da Igreja”.

O antigo membro da Congregação para a Doutrina da Fé faz revelações inéditas sobre os bastidores da Santa Sé, desde a homossexualidade no clero, à discriminação que recai sobre os gays.

Krzysztof Charamsa pretende, com esta autobiografia, suscitar uma reflexão sobre um tema que ainda divide.

Há um ano, este padre assumiu a homossexualidade e foi expulso pelo Vaticano, o que lhe conferiu um grande mediatismo.

Faz, no seu livro, revelações sobre os corredores da Igreja,

“Rezava a Deus para que aquele homem verdadeiro nunca mais me deixasse sozinho. Mas como? Na verdade, ele deveria deixar-me o mais rapidamente possível, porque eu… era padre. E ele não sabia. […] Naquela noite vira Deus que me amava, me abraçava, me aceitava, porque me compreendia. Eu, especialista em Deus e em tudo o que é divino e… homofóbico ao mesmo tempo, vira finalmente Deus. Encontrara um homem, mas vira Deus. E, felizmente, estava a perder de vista a sua Igreja medíocre”, escreve, nesta obra.

Em entrevista a Manuel Luís Goucha, diz que a homossexualidade É uma dádiva divina. Tal como a heterossexualidade ou a transexualidade.

“Um presente de Deus é todo o bem que encontrei na minha vida, na minha natureza. A homossexualidade já foi vista como uma doença, como um crime. E as pessoas sofreram, durante muito tempo apenas por serem parte de uma minoria sexual, com um verdadeiro dom de Deus, que ninguém percebia, nem poderia entender”, defende.

Veja um excerto desta entrevista:

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