Uma máquina de venda de roupa barata (uma t-shirt a dois euros) cativa a atenção de algumas pessoas, que não resistem aos inesperados ‘saldos’. Mas esta máquina vende não vende sonhos. Conta-nos pesadelos diários. É uma campanha de alerta para a exploração laboral, que permite aos consumidores comprar roupa barata. Veja o vídeo.
Colocada numa cidade desenvolvida, com o produto a convidar a uma compra fácil, a máquina só exige que se meta uma moeda e que se escolha o tamanho.
Quem resistiria a esta oferta? Alguns não resistem. Colocam a moeda e escolhem o tamanho. Só que não recebem a esperada t-shirt. São surpreendidos com uma campanha que tem como objetivo alertar para a exploração da mão de obra infantil em países pobres.
Primeiro, uma fotografia. “Conheça a Manisha”, pode ler-se. Aqui, o consumidor já franziu o sobrolho. Mas não é tudo.
“Manisha é uma de milhões de pessoas que fazem a nossa roupa barata”, prossegue a mensagem.
A mão de outra compradora foi colocada na boca, em sinal de espanto. O silêncio é a reação de mais consumidores. Todos eles se mantêm colados à máquina das camisolas por dois euros.
Esta máquina vende não vende sonhos. Conta-nos pesadelos diários. É uma campanha de alerta para a exploração laboral
Mas Manisha e outros milhões fazem outras tantas t-shirts por “menos de 13 cêntimos por hora, ao longo de 16 horas por dia”.
A máquina prossegue, com uma pergunta. “Ainda quer comprar esta t-shirt por dois euros?”. Surgem dois botões: “comprar” ou “fazer um donativo”.
Todos os consumidores se transformam e optam pelo donativo. Recebem um “muito obrigado” e percebem por que razão a máquina continua cheia de t-shirts. Ninguém as quis comprar.