Mundo

Vídeo: Esta ilha remota do Pacífico tem a maior densidade de lixo do mundo

A ilha de Henderson, que faz parte do arquipélago de Pitcairn, território britânico, é uma ilha desabitada do Pacífico Sul com a maior densidade de lixo plástico do mundo. É estimado que nas suas praias existam cerca de 38 milhões pedaços de plástico.

A razão para que isto aconteça é porque a ilha fica entre a Nova Zelândia e o Chile, mesmo no caminho de uma corrente marinha, acabando por receber o lixo que é atirado de barcos e vindos da costa oeste da América do Sul, segundo a BBC Brasil.

Com este estudo, os cientistas britânicos e australianos que analisaram o estado de poluição da remota ilha esperam que as pessoas “repensem o seu relacionamento com o plástico”.

Os investigadores dizem mesmo que a densidade de lixo desta ilha é a mais elevada alguma vez registada em qualquer parte do mundo, pelo que estimam que exista uma densidade de 671 itens por metro quadrado, no total de 17 toneladas.

“Uma grande parte dos detritos que encontramos na ilha era o que erradamente chamamos de descartáveis”, afirmou Jennifer Lavers, bióloga da Universidade da Tasmânia e líder do estudo que foi publicado na revista ‘Proceedings of the National Academy of Sciences’.

Neste estudo, é explicado que a ilha de Henderson funciona como uma “pia” para o lixo do mundo, uma vez que está localizada no maior sistema de correntes marítimas do planeta, conhecido como Giro do Pacífico Sul.

As praias da ilha, considerada Património Mundial da UNESCO, estão repletas de objetos ligados à pesca, bem como por objetos do quotidiano, como escovas de dentes, sapatos, garrafas, entre outros.

“Os caranguejos estão a usar tampas, potes e jarras de plástico como novas casas. Pode parecer bonito, mas não é. O plástico é velho, frágil e tóxico”, acrescentou Jennifer Lavers.

A cientista explica ainda que o plástico é mortífero para o oceano porque flutua e tem uma longevidade bastante longa. Uma garrafa de plástico demora cerca de 450 anos para degradar.

“Quase todas as ilhas do mundo e quase todas as espécies no oceano estão, de alguma forma, a ser afetadas pelo nosso lixo. Nenhum país e nenhuma pessoa está impune”, finalizou Lavers.

Em destaque

Subir